sexta-feira, 29 de maio de 2009

"Quem semeia ventos, colhe tempestades"

Vou começar este texto por aplaudir o comunicado do Benfica emitido ontem à tarde e que se pode ler aqui no nosso site. Eu que tenho sido crítico de João Gabriel na forma e às vezes no conteúdo das suas afirmações, tenho de admitir que desta vez se falou alto, com sentido e a dar-se ao respeito. Muito bem. Aplaudo deste singelo cantinho...

O que não aplaudo é o barulho com que se vem falando à volta da questão do treinador do Benfica. Todos sabemos que a culpa dos jornais inventarem o que bem entendem não é do Rui Costa, nem do Luís Filipe Vieira, nem mesmo do João Gabriel, mas nestes casos a estratégia tem de ser evitar estes desaires comunicacionais, precavendo o que pode acontecer num futuro quando não decididas as questões em tempo útil.

O Benfica devia ter dito antes que Quique seguiria com o seu contrato - não dando azo a especulação - ou que pelo contrário iria ser substituído do cargo de treinador do Glorioso. Não o fazendo quando se exigia - para mim a derrota com a Académica poderia ter sido o momento certo se fosse para Quique continuar; a vitória contra Belenenses teria sido o momento certo se a opção fosse a de despedir Quique - criou condições para que os piores jornalistas possam brilhar.

Da mesma maneira que quando se critica a arbitragem dum jogo que nos rouba 1 golo e 1 penalti, os mais cépticos dizem que o "Benfica não fez o suficiente futebolisticamente para ganhar" minimizando assim os erros de arbitragem. Aqui é igual... Deveríamos ter acautelado este dossier a tempo e horas de não nos metermos a jeito nesta peixeirada - que já mete Rui Costa no aeroporto a defender muito bem o Glorioso - que é a escolha do novo treinador Benfiquista.

Outra coisa que me preocupa é o facto de Jesus poder realmente ser o novo treinador do Benfica. Nunca se vai provar se o Record teria ou não teria razão. Eu não preciso de provas. Se o meu clube e Jesus emitem dois comunicados distintos dizendo que não assinaram nenhum acordo eu não preciso de nada mais para acreditar. Mas eu sou sensato, calmo e honesto e assim acredito que a minha direcção seja igual. Agora todos os outros podem desconfiar e aí será complicado credibilizar quando a imagem é precisamente o contrário. Já parece que estou a ver os nossos adversários nos media a gozarem connosco e a afirmarem solenemente que o Benfica tem contrato com o Jesus há meses. Da mesma maneira que a mentira que afirma que Jorge Ribeiro falhou o penalti contra Benfica porque já tinha contrato. Mas a verdade é que passados uns meses ele estava mesmo no Benfica e hoje ainda tenho que ouvir uns espertos a jurarem a pés juntos que foi essa a razão da falha do penalti...

Vamos acalmar as coisas, decidir o que tem de ser decidido quanto antes, tornar público o que tem de se tornar publico e manter em segredo o que tem de ser confidencial.

Vamos confirmar Jesus, Quique ou qualquer outro treinador o mais rápido possível e aproveitar os jogadores novos da formação para começar finalmente a aproveitar a prata da casa na criação do tal "novo Benfica" que renasce todos os anos.

Vamos contratar mais jogadores nacionais e vamos pensar no Benfica como algo unificado e unificador. Noutro Blog alguém dizia que o Benfica precisa do novo "José Aguas". Pois esse novo José Aguas só aparece se tivermos um jogador nacional de qualidade durante 10 épocas no Benfica. No momento o nosso José Aguas tem mais aspecto de ser o novo Humberto Coelho, olhando para o jovem Miguel Vítor, mas há mais e bons nos juniores.

Como digo no titulo "Quem semeia ventos colhe tempestades" e quando não se acautelam bem as coisas no timing certo acabamos por ter que ouvir, ler e ver coisas que não seriam previsíveis.

Vamos acreditar na bonança como tenho dito ultimamente... Ela surgirá, não sabemos é quando...

Força Benfica

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Nervos à flor da pele




Temos assistido em vários blogs, em vários fóruns, em vários comentários nas caixas de alguns media online e mesmo nos cafés, na rua ou no trabalho que a nação encarnada anda nervosa.

Eu tenho aqui escrito com um tom critico acerca da confusão que se tem gerado nos últimos dias, mas também penso que depois da tempestade virá a bonança. Só assim pode ser e será assim seguramente.

Primeiro, que fique claro que apoiarei inequivocamente qualquer treinador que comece a próxima época. Isso penso que é óbvio e como eu, qualquer Benfiquista. Sem a mínima dúvida. Segundo, penso que no meio de alguma incompetência e de algumas decisões com que não concordo, temos que aproveitar este tempo, para acreditar que nem tudo pode ser mau na gestão desportiva encarnada e acreditar que quem manda também deve ter algum plano, alguma linha estratégica, alguma ideia mais inteligente do que aquelas que nos foram sido transmitidas estes últimos dias.

Luís Filipe Vieira tem de ter calma e de não disparar contra todos aqueles que neste momento o criticam. Eu sou uma voz sempre critica mas ao mesmo tempo uma voz que apoia e que sabe entender algumas das frustrações do nosso presidente. Mas eu não sou nada mais que um simples e singelo blogger. Para ele, todo o bom trabalho que fez na SAD em todas as áreas - menos na desportiva - deveria ser suficiente para ter a tal passadeira vermelha que ele subconscientemente pensa que merece dos Benfiquistas. Tudo na vida só se alcança com trabalho e sei que os últimos 6 anos foram difíceis para ele e para quem o acompanhou na "credibilização da Instituição Benfica". Estamos todos de acordo e quem não concordar com isso é porque é muito limitado intelectualmente.

O grande desafio agora é desportivo, para que o monstro que ele ajudou a criar - especialmente ao nível de toda a campanha de sócios, das parcerias e das receitas extraordinárias - tenha agora eco nos tais títulos que nos têm faltado. A julgar pelos resultados da formação até ao momento, a palavra esperança faz algum sentido de utilizar neste texto.

Eu entendo que para um Homem prático e habituado a negócios mais tradicionais, o negócio do futebol com especificidades próprias lhe meta alguma espécie (usando uma expressão bem popular).

Esta história da rescisão com Quique pode ser um bom exemplo. Eu não tenho duvidas que a ser verdade que Luís Filipe Vieira não quer ter Quique na próxima época, também não deixa de ser verdade que não lhe queira pagar a clausula de rescisão. Ele lá pensará que para pagar 3,5 milhões de Euros, quase que mais vale ter cá o homem na próxima época, porque mesmo que se contrate Jesus, esses 3,5 milhões de Euros serão diluídos durante o ano. Claro que isto não passa de pura especulação e colocada em forma de hipérbole, para provar a ideia que prova que Luís Filipe Vieira quer que Quique anuncie o novo clube e que se vá embora pelo seu próprio pé. Se eu ontem dizia que não se pode esperar outra coisa de Quique que não seja pedir uma indemnização por ele considerar que deveriam ter falado com ele antes, também não deixa de ser verdade que Luís Filipe Vieira está no seu direito a não querer pagar nada.

E é exactamente aqui que reside a essência desta nossa paixão. O que uns acham bem outros acham mal e o que uns defendem hoje podem já não defender amanhã. Nesta premissa que acabo de defender, é triste admitir que o futuro de Quique no Benfica pode estar dependente de terceiros. Quique quer ir para Espanha com a mala cheia de notas - a que tem direito contratualmente - e Luís Filipe Vieira quer que Quique assuma que já tem outro clube e deseja que ele saia pelo seu próprio pé abdicando da indemnização a quem tem direito.

Eu entendo que se pudesse ser, o nosso presidente preferia ficar cá o ano todo com a equipa técnica de Quique e ao mesmo tempo contratar Jesus para ser o treinador nas próximas duas épocas. E acredito porque ele é assim. Neste jogo de empurra vamos estar todos nós, até a corda esticar dum dos lados. E isso é mau. Não decidirmos nós o nosso futuro e deixar que outros decidam por nós é a pior coisa que se pode passar na vida pessoal ou profissional. Neste momento é assim que eu penso que estamos - todos á espera que alguém decida o nosso futuro.

Como disse, acredito que alguém leia os contratos, pense bem nas estratégias e que ajude o nosso presidente a decidir o que tem de decidir. E por falar em decidir, hoje "A Bola" mostra esta foto que reproduzi acima dividida em dois esquadrões. E aqui volto ao conceito de "pai" e "filho" que apesar de ser provavelmente um mau exemplo é aquele que melhor define o que penso sobre estes nossos quatro membros do Clube/SAD.

Os dois "pais" responsáveis a tentar vender jogadores em Inglaterra - Luís Filipe Vieira e Domingos Soares Oliveira - e os dois "filhos" - Rui Costa mais o amigo Paulo Gonçalves - a tentarem comprar em Roma. Aceito que a comparação não é a mais feliz mas é que tenho utilizado para expressar o que penso que se passa no Benfica num passado recente. No entanto, gosto de os ver assim como nesta foto. Sorridentes, felizes e esperançados. Só esta atitude optimista já é um sinal claro que "A Bola" dá na tentativa de ajudar a levantar o moral dos adeptos.

Gosto de acreditar que com ou sem Quique, com ou sem reforços, com ou sem Jesus, a administração está unida. Até prova em contrário é assim que temos que a ver, mesmo que os sinais possam ser contrários a esta foto que coloco acima. Mas esses sinais que vamos ouvindo e lendo aqui e ali valem o que valem. Eu já ficaria contente em saber que os nervos à flor da pele dariam lugar a uma bonança calma e tranquila com um rumo definido e seguro. Muito contente... Vamos todos acreditar no fumo branco durante esta semana para se poder começar realmente a preparar com quem de direito as dispensas, as contratações e as vendas. Pelo sim pelo não, Domingos Soares Oliveira, Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Paulo Gonçalves já se estão a antecipar nestas importantes decisões.

Força Benfica

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Esperteza Saloia

Estes últimos dias têm sido pródigos numa expressão muito popular e que se encaixa bem em algumas das situações vividas no nosso Benfica - Esperteza Saloia.

Esta esperteza saloia - atenção que a "esperteza" e a "inteligência", sendo diferentes entre si não são assim tão antagónicas da palavra saloia que me é bem cara, e bem cara à grande maioria dos Portugueses - tem sido utilizada de várias maneiras pela nossa BENFICA SAD e quero dissecá-las neste canto blogosférico.

Eu já aqui falei do conceito "Pai" e "Filho" entre Luís Filipe Vieira e Rui Costa para descrever de forma meramente metafórica o conceito do saloio e do inteligente. O saloio quer um treinador saloio e teoricamente popular e o inteligente quer um treinador inteligente e não tão popular tendo em conta os resultados desta época.

O Benfica anda há muito tempo a viver neste conceito saloio que eu não entendo, apesar de afirmar e reafirmar que a expressão é me cara e aceito-a de algum modo como parte integrante da minha pessoa, das minhas origens e da minha formação.

Este conceito eleitoralista que o Jesus é mais popular e com isso dá mais votos em Outubro não tem eco em nenhuma sondagem feita por empresas ou até por televoto. É exactamente como a ideia (errada) que o merchandising do Benfica tem que estar sempre mais perto do saloio que do urbano. Nunca entendi este conceito. Eu entendo é que um clube com 6 milhões de adeptos deverá ter produtos para cada um dos seus nichos de mercado. Mas isto é marketing e agora pouco importa.

O que importa é futebol e a politica desportiva do Benfica. O saloio acha inteligente pagar 3,5 milhões de Euros por uma indemnização mais 1 milhão de Euros pela clausula de rescisão de Jesus ao Sporting de Braga. Se alguém ousa pensar que será fácil baixar esse valor está enganado pela simples razão que o dragão favorito do Minho é o presidente desse clube e que dificilmente baixará esse valor até porque está com um processo em tribunal contra Benfica pelas obras do centro de estágio do Seixal.

O inteligente "talvez" ache que manter Quique será o ideal.

Já comprámos Ramires por 7,5 milhões de Euros, já demos 2 milhões por Patric e estamos a caminho de dar 4 milhões de Euros por Álvaro Pereira e alguém acha que Quique vai embora sem pedir o valor a que tem direito?

Na gestão o timing é tudo. Num clube como o Benfica entre director desportivo e treinador a frontalidade tem de ser a base. Se Rui Costa achava (ou acha) que Quique seria dispensável para a próxima época deveria ter falado antes com a equipa técnica. Não é depois de ter gasto quase 13 milhões de Euros em jogadores para a nova época que vai reunir com Quique. Volto a perguntar. O que é que Quique deverá fazer? O lógico será pedir o que tem direito e quanto muito negociar algo abaixo desse valor. Pouco abaixo... Eu como Benfiquista preferia que Quique se fosse embora de forma gratuita - caso a vontade do Benfica seja prescindir do treinador espanhol - mas para isso acontecer deveria se ter acautelado essa situação. Hoje já devia estar tudo mais que decidido.

Com toda esta confusão eis que hoje à tarde aparece o comunicado do Benfica para a CMVM que refere:

1) A SL Benfica SAD e o Sr. Enrique Sanchez Flores celebraram e mantêm em vigor um contrato de trabalho válido até ao final da época desportiva 2009/2010;

2) A SL Benfica SAD e o Sr. Enrique Sanchez Flores têm estado a debater as condições relativas à preparação da nova época desportiva;

3) A SL Benfica SAD não tem intenção de avançar com qualquer rescisão unilateral do actual contrato;

4) Não existem negociações em curso relacionadas com o contrato em vigor.

Este comunicado já gerou confusão que não deveria ter gerado. Há quem se congratule por Quique ficar em nome da estabilidade e há quem preferia Jesus e neste momento já volte a preferir Quique porque muitos Benfiquistas são do Benfica e ponto. Sem mais. Defendem o Benfica e quem os representa sempre e assim deveria ser também por parte da SAD para com os seus funcionários.

Isto tudo porque este comunicado foi solicitado pela comissão de valores e o Benfica teve que responder o politicamente correcto. Se isto significa que Quique fica no Benfica, parabéns pela estabilidade e pela decisão de manter o treinador independentemente dos maus resultados. Se isto é uma manobra para esconder as dificuldades com a rescisão, muito mal vai a nossa direcção.

E daqui a tal esperteza saloia que falava no inicio. Temos que ser frontais e assumir as coisas. Se Rui Costa e Luís Filipe Vieira preferem Jesus deveriam ter acertado tudo com Quique de maneira a anunciar a rescisão no sábado. Aliás seria o óbvio. Quando no dia 23 de Maio, no final do último jogo Quique afirma que «Não houve conversas, mas imagino que tenha de haver» eu pergunto se Rui Costa é afinal a boa pessoa que eu tenho em muita consideração.

Não consigo entender como é possível a Rui Costa ser patrão de Quique e seu director desportivo, não falando com ele sobre o assunto mais quente do final de campeonato. Não entendo que não tenham falado sobre se fica ou se vai Quique. Quem tratou das novas contratações? Foi Rui Costa ou Quique foi ouvido? Porque aí já se sente quem fica e quem vai. Assim penso, mas posso me enganar e confirmar que no mundo do futebol a ironia e a mentira descarada sejam realmente o modus operandi mas não quero acreditar que no Meu Benfica isso possa acontecer.

Não há nenhum problema em assumir a Quique que tendo falhado a Taça Uefa, tendo falhado a Taça de Portugal, tendo falhado o objectivo mínimo da Champions e tendo conquistado uma Taça da Liga ficou aquém dos objectivos propostos e falar abertamente com vista à saída. Se não há coragem para isto, então não deve haver coragem para coisas realmente importantes e difíceis.

Eu acho que se fosse para Quique ficar já deveria estar decidido e se fosse para se ir embora também deveria estar igualmente decidido. Obviamente...

Indecisão desportiva a pensar nas eleições é o pior que se pode passar num clube de Futebol. Gerir é decidir. Bem ou mal há que decidir e essa decisão tarda por táctica. Sinto que há táctica neste nosso Benfica. Táctica para pagar menos a Quique. Táctica entre Luís Filipe Vieira e Rui Costa para algo que não entendo. Táctica entre o Benfica e o Braga por Jesus. Táctica na gestão legal com a CMVM. Muita táctica e poucas decisões que mostram o espelho do descontrolo desportivo a que estamos entregues.

Tudo se vai resolver a bem e com mais ou menos milhões para Quique, mas a verdade é que se podia fazer tudo isto com elevação e com a dignidade que o Benfica e a nossa equipa técnica merecem. Tenho escrito várias vezes por aqui e volto a pedir à nossa direcção o mais simples de todos os pedidos. Orientem-se meus caros, orientem-se...

Força Benfica

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Os Pseudos Candidatos

Neste momento que se vive o momento eleitoral do Sporting com actos que apenas comprovam que de Viscondes estes senhores não têm nada, o acto eleitoral Benfiquista já começa a dar que falar.

Ontem escrevia que a nova época vai ser tudo menos calma até Outubro, muito por causa destas eleições que prometem.

Independentemente dos candidatos, dos projectos ou dos apoios que cada um pode vir a ter, há neste momento um dado que retenho. Depois de Bruno Carvalho anunciar a sua candidatura na blogosfera, eis que apareceu ontem Varandas Fernandes a falar dum hipotético movimento - que não descarta Bagão Félix ou José Veiga - de fundo com vista a concorrer às próximas eleições. Ambos têm uma coisa em comum que me entristece, independentemente das suas ideias.

Um é sócio há 5 anos e tem 40 de idade. O outro tem 54 anos e é sócio há 7. Eu que não sou nenhum velho do Restelo, pergunto-me o que é que esta gente andou a fazer até aos 35 e até aos 47 anos da sua vida?

O Benfica não é algo que se aprende a gostar durante a vida. Não é como um bom vinho, uma boa refeição, um bom charuto. Isto são coisas dos Viscondes... Nós Benfiquistas, somos do Benfica desde sempre. E se muitos de nós não podem ser sócios desde os 6 anos, a partir dos 20 anos parece-me lógico que o sejam.

Posto isto eu pergunto. O que é que vocês andaram a fazer durante tantos anos sem serem sócios? Um deles - Varandas Fernandes - tira uma foto com o cartão de sócio número 69993 que diz "desde 2002" como se isso representasse algo que um médico de sucesso se pode vangloriar. Sinceramente e com o devido respeito que todos os Benfiquistas me merecem - sócios, simpatizantes, velhos ou novos - eu não entendo o que é que leva um grande Benfiquista com capacidade financeira para pagar quotas apenas se registar como sócio aos 35 e 47 anos. No entanto, este factor é irrelevante na questão eleitoral. Há estatutos que permitem os tais 5 anos de filiação até que alguém se possa apresentar como candidato e isso é o que importa neste momento. Tudo o resto são opiniões pessoais que eu escrevo e que não têm nenhum outro objectivo que não seja desabafar com quem me lê.

Eu vou falar até ao último dia de campanha deste tópico eleições porque tal como as de 27 de Outubro de 2000, estas de 2009 serão igualmente importantes. Passaram nove anos onde o Benfica mudou muito. Destes nove anos, tirando um título de campeão, uma Taça de Portugal contra FCPorto, uns quantos jogos Europeus de luxo - a vitória em casa contra Manchester, as vitórias contra Liverpool - e umas quantas vitórias contra os nossos mais directos rivais internos, estes foram anos maus para o futebol. Estamos todos de acordo.

Independentemente disso, foram os anos mais importantes do Benfica, pois mostraram que do final anunciado, ressuscitámos empresarialmente e resistimos aos sucessos alheios de FCPorto, mantendo uma base popular fortíssima. Sobre este assunto - e essencialmente sobre O Padrinho - fala de forma sublime o grande Vedeta da Bola e eu subscrevo na íntegra.

Ainda não nos conseguem demover de sermos realmente Grandes e da grande penetração popular junto de vários sectores da população Portuguesa de norte a sul do país.

No entanto, o Benfica está desportivamente fraco e tenho de admitir que nunca como hoje se criaram as condições para que Luís Filipe Vieira possa perder as eleições. Porque apesar de tudo, ele está a defender um projecto que pode já não ser aliciante para a maioria dos sócios. E se isso acontecer, apenas teremos de considerar normal num clube democrático como o Benfica.

Eu penso que se Luís Filipe Vieira quiser candidatar-se tem tudo para ganhar as eleições. Obviamente. No entanto, mesmo que as ganhe não será com um score como nas últimas eleições e isso fará com que se comecem a posicionar grupos que podem ir a votos agora para conquistar o clube daqui a 3 ou 6 anos. Quando Luís Filipe Vieira fala de Rui Costa para a sua sucessão - sem que de Rui Costa se tenha ouvido uma palavra sobre o assunto - esquece-se de algo muito importante. Nós não temos perfil monárquico e por mais que as pessoas sejam importantes é muito mais importante a estrutura, a equipa com quem vai trabalhar, as ideias e os objectivos.

E aqui reside o principal problema de se falar de eleições no Benfica com mais de 5 meses de distância. Estão a criticar-se modelos de gestão desportiva e de futebol - maioritariamente - que têm muito de criticável. Estão a escolher-se nomes na sombra para umas hipotéticas oposições. Estão a contar-se espingardas e apoios para ver quem melhor se posiciona para o ataque à liderança. Tudo isto é verdade e ainda não ouvimos ninguém falar das reais alternativas para o clube.

Todos nós temos ideias e todos nós escrevemos, falamos e opinamos sobre o que pensamos que está mal. Isso representa a essência dum qualquer clube que tenha no futebol o seu principal destaque. O que me parece que representa o passo em frente dum qualquer pseudo candidato (ou duma pseudo candidatura) é apresentar ideias, sugestões e projectos práticos de mudança no timing certo. Nunca a 5 meses de distância.

Irrito-me sempre quando alguém na bancada critica um dos nossos jogadores, pedindo a sua substituição sem olhar para quem tem no banco e sem avaliar se o que vai entrar será mais efectivo que o que lá está dentro. Isto é o clássico Benfiquista. Criticar por criticar é fácil. Difícil é opinar e fazer melhor. Nem sempre opinar e ter ideias boas chega. Há que opinar, ter ideias boas e ter tudo planeado para a implementação dessas ideias, desse projecto (como se diz agora nos meandros futebolísticos) com planos B, C ou D caso alguma coisa corra mal no primeiro plano.

E no Benfica, custa-me a acreditar em oposições que desejem o mal do Benfica a pensar no seu bem próprio. Nunca na minha vida quis que o Benfica perdesse a pensar em despedir o treinador, a pensar no descalabro que pudesse levar a um qualquer fim de ciclo. Nunca quis a derrota por 5-0 com o conceito de "perdido por 10, perdido por 100", pensando em consequentes outros resultados que não sejam desportivos. Nunca quis que o Benfica perdesse sob nenhuma condição e sei que até ao último dia da minha vida isso nunca acontecerá.

Quero sempre que o Benfica ganhe e quero que em todas as eleições que eu "viver para ver" se decida com elevação, com ideias, com respeito e com desportivismo. Não aceito nem admito que seja doutra forma. Pelo menos no Meu Benfica.

Até Outubro temos que estar todos do mesmo lado, por muito que custe a muitos. Mesmo com várias decisões com que não concordamos temos que estar unidos e sem desejar o mal do futebol do Benfica a pensar nas eleições.

Qual é o problema de discordarmos da nossa direcção? Estamos a ver que muitos dos Benfiquistas apoiam a continuidade de Quique. Luís Filipe Vieira, achando o contrário, está no seu direito de contratar Jesus. O único problema com essa decisão é que se é do âmbito desportivo deveria ser Rui Costa a decidi-la. Não confundam este desejo que o Benfica ganhe e que faça bem com uma atitude passiva e de "não critica." Isso eu não faço nunca, obviamente. O que está bem aplaude-se e o que achamos que pode melhorar critica-se, sabendo que na parte desportiva cada cabeça sua sentença.

Há maneira de acabar com o reinado do FCPorto no trono da liderança futebolística nacional? Há, obviamente. No dia em que o Benfica ganhar três campeonatos seguidos vira-se o feitiço contra o feiticeiro. Se o objectivo de Pinto da Costa (bem explicito e fundamentado no texto da "Vedeta da Bola" que apontei atrás) é acabar com o Benfica, ou pelo menos ultrapassar em numero de títulos e de campeonatos o nosso Glorioso, pode ser que no dia em que acorde e veja os últimos três títulos de campeão nacional ganhos pelo Benfica, o FCPorto como ele o conhece já não exista. Isso sim pode acontecer.

Só temos que ganhar. Agora que temos 200 000 sócios, que temos uma estrutura forte que estamos em vias de pagar o estádio e de conseguir estabilizar as amadoras financeiramente e em termos competitivos, que estamos a começar a orientar a formação do futebol, que estamos sustentados financeiramente, mesmo sem champions, imaginem o que será tudo isto com três títulos de campeões seguidos e com três presenças seguidas na champions.

Parece difícil, mas não é. Se formos três anos seguidos campeões, o Benfica dá o salto que necessita para encarar a próxima década como encarámos a de 80. Seguramente. Por estas e por outras é que o plano desportivo vai ser mais falado nestas eleições que em quaisquer outras dos últimos 20 anos. Alguém tem de ter um plano correcto e coerente para levar o Benfica a ganhar todos os campeonatos da sua legislatura como presidente. Como? Fazendo bem tudo o que se tem feito de mal, não mudando de estratégia a meio do caminho definido anteriormente, com disciplina e ambição em TODOS os terrenos de jogo, mantendo os melhores e contratando poucos mas bons (preferencialmente Portugueses), aproveitando a BOA prata da casa, não pensando tanto no inimigo publico numero 1 e mais nas nossas fraquezas, no que temos que fazer para as corrigir e fundamentalmente manter 5 anos uma equipa. Quem ousar manter uma equipa estável durante 5 anos pode criar as bases necessárias para ganhar 3 campeonatos seguidos. Por isso dizia eu que manter Quique, (mesmo com os problemas todos que detectámos durante a época) contratar pouco mas bem, deixar ficar os nossos líderes - aqui Luisão seria imprescindível - e ser paciente poderia ser o sinal de que necessitaríamos para provar que mesmo sem ganhar na próxima época, estaríamos a trabalhar invisivelmente para os tais três anos seguidos a ganhar.

Por tudo o que falei agora será fácil adivinhar que os próximos meses serão importantes, tensos. e marcadamente focados no plano desportivo. Mesmo que um Presidente do Benfica seja hoje muito mais que gerir Futebol, é com Futebol que se vão ganhar ou perder votos. Por isso é que digo que será perigoso fazer depender o nosso voto para Presidente da performance da nossa equipa até Outubro.

No entanto com mais ou menos qualidade, com mais ou menos requintes de malvadez há que respeitar qualquer candidato e no fim decidiremos todos para onde irão os nossos 20 votos - ou os 5 votos no caso de serem sócios há menos tempo...

Força Benfica

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Adjunto

Para terminar de vez a questão de Quique Flores (e numa altura em que já todos criticámos e aplaudimos alguns dos seus pontos fortes e pontos fracos), é altura de fechar o ciclo com elevação e inteligência.

Uma das criticas que mais fazem a Quique Flores é o facto de ele ter colocado de lado Chalana e Diamantino, quando pelo contrário devia ter ouvido mais estes técnicos tão conhecedores do futebol Português. Eu discordo desta opinião e explico desde já porquê. Escrevi aqui no dia 14 de Maio de 2008 a propósito do nosso novo treinador e sobre Diamantino o seguinte:

"Não podemos deixar que saiam na Imprensa nomes todos os dias - Quique Flores é o próximo - porque isso torna o novo treinador do Benfica numa aparente segunda, terceira ou quarta escolha. Como também não se pode estar a contratar treinadores adjuntos sem saber o nome do treinador principal - diz se que Diamantino está contratado mas prefiro pensar que se trata de especulação jornalística. Lembro que José Mourinho nunca aceitou o nome de Jesualdo Ferreira para adjunto e custa me a acreditar que ainda queiram impor treinadores adjuntos "da casa" sem terem escolhido ainda o treinador principal."

Esta frase que escrevi há mais de um ano faz todo o sentido doze meses depois. Não admito que me digam que Quique Flores fez mal em ter colocado Diamantino e Chalana de lado. Com o devido respeito por quem de mim discorda, eu penso que um adjunto é sempre alguém que é o próprio treinador que escolhe e Fran Escriba foi um bom adjunto bem coadjuvado por Pako Ayestaran. Quando se chega a um país novo é normal que na estrutura exista alguém mais familiarizado com a equipa, com a história do clube ou com a massa associativa. Até aqui tudo bem. O que não se deve fazer é impor essa escolha sem perguntar ao líder o perfil de pessoa que esse líder prefere.

Ou seja, para mim está claro que quem teria que escolher essa pessoa seria Quique. Antes de se ter contratado Diamantino, devia-se ter colocado a opção a Quique de escolher essa pessoa duma short list com vários nomes pela razão muito simples de que nem todas as boas pessoas são compatíveis com outras boas pessoas. Acreditando que Diamantino e Chalana são boas pessoas e até podemos afirmar que são bons técnicos (no plano teórico para facilitar análises) o que garante que Quique ia ter com eles boa química, boa dinâmica de trabalho ou ideias similares?

Só quem nunca geriu ou nunca teve que lidar com escolhas - quando se escolhe perde-se sempre algo - pode dizer que Quique deveria ter dado mais atenção a Diamantino ou a Chalana. O que Rui Costa devia ter feito era dar um leque de nomes que Quique poderia escolher - porque não vendo o seu curriculum, com uma entrevista, com um almoço, com uma pequena conversa - para sentir quem poderia encaixar melhor no perfil que ele elege.

Não o fazendo e impondo esses nomes a Quique, ele pode obviamente não ter com esses treinadores a química necessária para funcionarem no plano profissional. Isto é a minha opinião fria e calculista e não enfatizada pela paixão clubistica que só tem bem a dizer de cada um dos excelentes jogadores que foram Diamantino e Chalana.

Neste momento que se fala tanto de Jesus seria bom pensar em quem é o adjunto - pensando que ele traz a sua equipa técnica - da casa que o acompanhará. Será Diamantino, Chalana, ou ele prefere Mozer, Álvaro Magalhães, João Alves (que está nos juniores)? Eu não prefiro nenhum e coloco estes nomes com objectivo claro de afirmar que só uma pessoa o tem de escolher - Jesus.

Digo Jesus, com base no que se vai dizendo e não dizendo. Numa altura em que os comunicados na nossa página aparecem a toda a hora, se fosse mentira que Quique não estaria de partida já existiriam comunicados que o desmentissem. Se Jesus fosse apontado ao Benfica sem o mínimo de verdade já se teriam emitido comunicados nesse sentido, logo antevejo que Quique esteja mesmo já fora e o senhor Jesus a caminho do nosso banco de suplentes.

Como disse a semana passada na antevisão ao jogo de Braga não foi difícil de adivinhar que o senhor Jesus iniciaria o seu calvário de derrotas precisamente contra o Benfica e continuará esta semana com mais uma derrota nas Antas. Se na semana passada lhe chamei "Inimigo Número 1" (por razões óbvias) esta semana já o verei com olhos mais claros de nosso treinador e vou torcer por uma vitória ou empate que seja nas Antas.

Quem será o seu adjunto? Quem será o adjunto que lhe ensinará a Mística Benfiquista? Quem conseguirá que ele sinta o Benfica como seu, mesmo sabendo que é um Sportinguista assumido ?

Diamantino ou Chalana serão bons nomes? Se Jesus os escolher sim, se os quiserem impor, não...

Será assim tão difícil de entender?

Apesar de todas as críticas a Quique, tenho visto vários fóruns e blogs onde se pergunta quem deveria ser o próximo treinador do Benfica e invariavelmente Quique ganha em todas as sondagens. Este resultado não deixa de ser estranho, ou talvez não. Até ao jogo contra Nacional da Madeira em casa (Dezembro de 2008) ninguém ousou questionar nada a Quique. A partir daí foi tudo mau e tudo passou a ser contestável. Sinceramente com toda a confusão que paira nas noticias, na imprensa e nas pré candidaturas, eu acredito no tal trabalho invisível que fala Quique.

Acredito que em vez das 10 contratações do último defeso - Aimar, Suazo, Reyes, Balboa, Jorge Ribeiro, Sidnei, Yebda, Carlos Martins, Urreta, Ruben Amorim - desta vez se faça a coisa com metade e com um ou outro júnior que passe para o plantel principal . Gosto de ver toda a organização a trabalhar em Maio pensando com tempo numa próxima época que até à ultima semana de Outubro será tudo menos calma.

Precisamos de um tanque para blindar o nosso futebol de toda a tinta que vai correr a propósito de eleições. Quanto mais depressa se fechar o plantel - vendas e compras - melhor nos vai correr o ano.

Até lá basta ir assistindo a todo o alvoroço de fim de época, aplaudir quem sai, apoiar quem entra e esperar que o adjunto da casa escolhido por Jesus ajude a blindar o plantel e equipa técnica de todo e qualquer ruído. Todos serão poucos...

Força Benfica

domingo, 17 de maio de 2009

O Inimigo Número 1

Para mim, ganhar hoje em Braga é um ponto de honra. Estive com o Quique desde a primeira hora e sei que se este nosso treinador tivesse tido o apoio certo nas horas certas, muito provavelmente hoje estaríamos a lutar por algo mais que a manutenção do terceiro lugar. Agora que as despedidas estão na fase final, resta a Quique e aos seus jogadores serem dignos da nossa camisola. Espero uma vitória porque gostava que Quique se despedisse de Portugal com duas vitórias, contra as duas ex-equipas do proclamado novo treinador encarnado - Braga e Belenenses.

Por esse motivo, considero que Jesus é hoje o nosso Inimigo Número 1, como foram todos os restantes treinadores das outras 13 equipas. Não vejo nenhum tipo de outro sentimento que ódio absoluto a quem representa as cores arsenalistas do nosso adversário de hoje. Este ódio é desportivo - obviamente - porque na parte pessoal a palavra ódio faz pouco sentido num jogo de futebol.

O que também faz pouco sentido é acreditar que ao fim de 9 treinadores em 9 anos, alguém se lembre de propor contratos de 2 anos a treinadores que se as coisas não correm bem, saem no final da primeira época. Também faz pouco sentido acreditar em projectos com gente que conhece a palavra projecto do inglês project finance que nós tão bem conhecemos da parte administrativa/financeira. Faz também pouco sentido querer ver neste duelo Braga-Benfica o duelo entre o passado e o futuro do nosso clube. Hoje vai ser mais um jogo que representa o presente, mas com a diferença da pressão estar do lado do Braga. Se realmente for verdade o que se diz sobre Jesus já ter assinado pelo Benfica - que eu não acredito, apesar de acreditar que seja ele, o eleito do Presidente Vieira - pode ser que o feitiço comece já a ter efeito e que o Benfica até saia de Braga com uma vitória esclarecedora.

Dizem que o Benfica é um cemitério de treinadores, mas muitos ressuscitam depois de passar pela Luz. Hoje espero que esse efeito Benfica comece a fazer efeito no Jesus e que ele comece já a sentir o travo amargo da derrota. Depois em Julho que ganhe, mas até ver é o Inimigo Número 1 e não tenho por ele nada mais que autentico desprezo. Desprezo desportivo, obviamente...

Força Benfica

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Onde estavas no 6-3?

Eu estava há exactamente 15 anos em casa dos meus pais a contar os minutos para o inicio do jogo. Estava nervoso e com algum medo, tal a euforia dos sportinguistas na certeza que a vitória confirmaria o título a verde.

Tinha um convite para ver o jogo em casa dum amigo lagarto e achei que devia ficar em casa da família a ver o que se passava. Sei que sofri bastante nessa primeira parte histórica onde jogámos à defesa mas onde marcámos três golos.

Ao intervalo decidi ir ver a segunda parte na tal festa mas com alguns (muitos) Benfiquistas. Fui de carro e ouvi o golo do Isaías no relato (2-4) chegando a essa festa no segundo golo de Isaías (2-5) aos 57 minutos. Festejei o golo e os golos seguintes na certeza que o campeonato não nos fugia, como não fugiu em Braga quando ganhámos numa quarta feira e festejámos depois em casa com Guimarães. No momento da vitória, pensei no meu colega Benfiquista de sempre, que decidiu arriscar apanhar a molha da sua vida e acreditar que a vitória seria nossa. Ele foi ao estádio e até hoje não me perdoo ter sido tão "menino" ao decidir ficar-me por casa.

Nessa noite fria e chuvosa há exactamente 15 anos (14-05-1994) alguém colocou um filtro encarnado no monumento da cidade de forma espontânea e reveladora do espírito geral dessa histórica noite.

Já foi há 15 anos... Depois desse célebre jogo e duas semanas depois de Barcelona ganhar em Madrid por 2-6 é bom relembrar que nós também já fizemos semelhante feito.

Não gosto de comemorar passados, mas neste caso com 15 anos de distância sei que já é tempo suficiente para olhar para este aniversário com saudade e ao mesmo tempo com esperança renovada.

Como diria o amiga Baptista Bastos a propósito do 25 de Abril de 1974, pergunto "Onde estavas no 6-3?"

Força Benfica