quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A capa do Jornal "O Benfica"


Recebo semanalmente (como muitos outros bloggers benfiquistas) a capa do Jornal "O Benfica" um dia antes da sua publicação. A verdade é que por mais que queira estar atento e presente em todos os assuntos do Benfica, nem sempre venho à caixa de correio à quinta-feira e a sua publicação neste espaço, falha muitas vezes o timing desejado.

Tendo em conta o meu post anterior, o timing para a publicação da capa de amanhã não podia ser mais adequado.

Depois de toda a pseudo-polémica sobre o texto de José Nuno Martins mais uma razão para amanhã, todos comprarmos o nosso Jornal.

Força Benfica

Um Grande Benfiquista


A expressão "Grande Benfiquista" está muito associada a alguém que socialmente tem uma conotação facciosa, doente mas também alguém nobre que assume o seu grande Amor pelo nosso clube de várias e diversas maneiras. Eu considero-me um Grande Benfiquista porque sou tudo o que atrás escrevi entre muitos outros adjectivos, mas sei que existem outros Grandes Benfiquistas como eu. Aliás quero acreditar que 6 milhões...

Um deles é José Nuno Martins, que conheço pessoalmente, e por quem tenho muitíssima estima pessoal e profissional.

Este Homem sempre foi um visionário e sempre foi alguém muito focado nas suas ideias e na maneira como comunica essas mesmas ideias, alguém que conhece como ninguém o mercado audiovisual nacional, o mercado da comunicação/publicidade no geral e como sabemos é também um excelente comunicador.

Desde sempre que tenho por ele um enorme respeito, mas quando assumiu a direcção do Jornal "O Benfica" mais carinho e admiração por ele senti, tendo em conta que estava a servir a causa Benfiquista com a sua experiência e aprofundados conhecimentos profissionais.

Estes últimos meses têm sido determinantes para entender que desde que José Nuno Martins pegou na direcção do nosso Jornal a sua dinâmica editorial tem sido intensa e sem qualificar de melhor ou pior que o passado, considero-a uma dinâmica muito positiva.

Na semana passada no seu editorial José Nuno Martins resolveu numa maneira muito Benfiquista, espicaçar a nossa equipa utilizando expressões como:

"Tenho de soltar a indignação perante a ausência de intensidade e a falta de concentração de alguns jogadores que, para terem a honra de vestir a camisola do Benfica, são honradamente pagos"

"Talvez nada esteja perdido se, de uma vez por todas, os jogadores mudarem de atitude. Enquanto é tempo."


"Eles [jogadores] não são nenhumas flores de estufa a quem tudo tenha de ser indefinidamente perdoado"

Na minha opinião não há Grandes Benfiquistas maiores que qualquer um dos Grandes Benfiquistas que eu conheço. Quando se chega a um patamar de Grande Benfiquista não há nada acima disso e por isso é que se torna usual alguém dizer num café:

"Tu podes ser tão Benfiquista como eu, mas mais, não és..." E depois claro puxa-se do cartão de sócio para ver quem tem o número mais antigo e dar por encerrada a discussão.

E a verdade é que o Luisão, ou o Nuno Gomes ou o Quique Flores ou o Rui Costa ou o Luis Filipe Vieira ou o João Gabriel ou seja lá quem for - o Domingos Soares Oliveira não será porque não é Benfiquista - não dão lições ao José Nuno Martins do que é ser Benfiquista. Aliás do que é ser um Grande Benfiquista (acrescento que dei estes exemplos aleatoriamente e não faço ideia se leram o texto, se o criticaram ou o aplaudiram).

Eu não concordo com a forma como o José Nuno Martins escreveu o texto pela simples razão que eu não senti o que ele sentiu, mas respeito cada uma das suas palavras. Não costumo falar de mim neste blog - não é sobre mim que devo por aqui falar - mas não resisto a cometer uma pequena inconfidência. No dia do Olympiakos - Benfica fiz um dos meus maiores sacrifícios por Amor ao Glorioso. Não interessa agora de que forma o fiz, mas eu sei o que fiz. Também sei que nesse dia estava especialmente sensível - também temos esse direito - e só eu sei o que passei para poder ver esse jogo. Quando finalmente começei a ver o jogo, já o resultado estava 2-0 e daí até ao apito final só senti Orgulho no nosso Benfica. Talvez a envolvência donde estava, talvez o momento pessoal em que me encontrava, talvez a racionalidade de entender que afinal o Benfica não tinha tido assim tão má atitude que justificasse aquela goleada, fez com que viesse aqui ao Blog escrever um texto que intitulei "Viva o Benfica!" e onde reiterei publicamente o meu Amor Puro a este Clube.

José Nuno Martins sentiu de maneira diferente essa derrota e não é por ser director do Jornal "O Benfica" que deverá deixar de sentir o que sente. Não tenho dúvidas que Ama o Benfica como eu, como tu, como você ou como ele ou ela que passam os olhos por este texto.

Não admito que alguém ponha em causa o Benfiquismo dum Grande Benfiquista por uma opinião crítica em relação ao nosso Glorioso. Também não acredito em tudo o que vem escrito nos media nacionais e espero que tudo isto não passe dum infeliz fait-divers. Também quero acreditar que nunca alguém tenha colocado em causa o lugar de José Nuno Martins como director natural do Jornal "O Benfica" apenas e só porque ele expressou uma opinião polémica no jornal do nosso clube.

Outra Grande Benfiquista de nome Leonor Pinhão escreve hoje na sua crónica n´"A Bola" a propósito deste hipotético incidente:

"Deve José Nuno Martins ser condenado por ter escrito uma crítica contundente às prestações dos nossos gloriosos atletas nos dois jogos em causa?

Deve ser demitido? Demitir-se? Fazer auto-crítica?

Não, de modo nenhum.

É, certamente, uma questão geracional que me faz pensar assim. Cresci benfiquista num tempo em que, quando não havia crises, elas tinham de ser inventadas. Era estratégia pura. E maravilhosa.

Havia, por exemplo, uma preocupação em marcar assembleias gerais do clube para as vésperas dos grande jogos de modo a que meia dúzia de associados, plenos de espírito de missão, pedissem a palavra para desancar na equipa de futebol mesmo que a equipa de futebol liderasse o campeonato com 36 pontos de avanço.

E porquê?

— Porque, de vez em quando, é preciso espicaçar os jogadores — foi-me explicado por benfiquistas mais velhos, altamente qualificados no seu benfiquismo e superiormente inteligentes.

Recordo-me, por exemplo, de uma assembleia geral em que a equipa de futebol foi apelidada de «equipa das bacalhauzadas» e, assim, por descrédito e insultos grosseiros, foi reduzida a uma menoridade que não era a sua. Conclusão: 48 horas depois esmagámos com uma goleada um ancestral rival interno.

E porquê?

Porque os jogadores foram «espicaçados».

Neste sentido, histórico, entendo o editorial de José Nuno Martins.

Às vezes é preciso inventar uma crise."

Como sempre, Leonor Pinhão é brilhante, lúcida e utiliza de forma sarcástica algum humor para aligeirar o que é necessário aligeirar e não dar muita importância ao que realmente não tem importância.

Temos sempre que olhar para os mais velhos e para aqueles que sabem exactamente o que representa o Benfica e o que representa o Antigo Terceiro Anel na opinião Benfiquista. Bem sei que ser racional é desejável mas o Terceiro Anel não é racional e não conheço nenhum Benfiquista mais apaixonado do que aquele que ainda continua a preferir esta bancada a qualquer outra do Estádio. Não sei onde José Nuno Martins vê os jogos - calculo que não os veja no Antigo Terceiro Anel (que neste estádio é exactamente do lado oposto à bancada presidencial) - mas nesse editorial representou muito da opinião desse Terceiro Anel que Ama "irracionalmente" tanto ou mais o Benfica que qualquer um dos jogadores que representam o nosso Clube e que foram os visados nesse texto.

Nunca nos podemos esquecer que por mais Amor que um jogador tem a um clube, esse jogador vai e vem, e só os Grandes Benfiquistas envelhecem no Terceiro Anel. E quanto mais velhos somos mais sentimos o Benfica e mais o Amamos. José Nuno Martins mostrou o seu Amor numa semana complicada e onde cada um de nós teve emoções distintas.

Uma coisa é certa, como a Assembleia Geral antes dum jogo importante, que fala a Leonor Pinhão no texto de hoje, o resultado na Madeira foi de 6-0, dois depois da publicação do texto de José Nuno Martins.

Pela parte que me toca, Obrigado José Nuno Martins... Nunca saberemos se foi o seu texto ou não mas a verdade é que não se via uma goleada destas há muitos anos.

Força Benfica

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A importância da Liderança


Somos primeiros. Sei que não terá nenhuma importância para os adeptos do FCPorto, talvez do Sporting, do Leixões e de outras equipas que foram líderes do campeonato nos últimos 1296 dias - desde o dia 22 de Maio de 2005 - mas para o Benfica é muito importante conseguir esta liderança nesta altura.

Sei o que representa ser primeiro e sei o que pode significar no futuro de curto, médio prazo do nosso clube esta liderança do principal campeonato nacional.

Eu defendi aqui no blog que começar 2009, a 2 ou 3 pontos do primeiro classificado seria algo "muito bom" e que nos deveria orgulhar a todos. Disse-o em Agosto e sabia bem porque o escrevia. Sabia que mudávamos de treinador, perdíamos o maestro no campo colocando-o em novas funções directivas, sabia que tínhamos muitas caras novas e basicamente sabia que meses antes terminámos o campeonato em quarto atrás de Guimarães e Sporting e a mais de vinte pontos do FCPorto. Sabia (e sei) que no futebol não há milagres e que o Tempo era o nosso melhor amigo, mas também o nosso maior obstáculo para arrancar bem nesta Liga.

Disse e repito que para mim a prioridade total é o campeonato, seguido da Taça de Portugal, Taça da Liga e Taça Uefa. Não coloco a Taça Uefa em último porque estamos fora dela, mas sim porque sabia que mesmo passando esta fase - coisa que acreditei obviamente que podia e devia ter acontecido - o nosso foco não devia sair nem por um segundo da tentativa de encurtar distâncias em relação aos nossos maiores adversários internos.

Este conceito de encurtar diferenças internamente era o objectivo, sempre pensando que encurtando diferenças, estávamos a dar como dado adquirido que estaríamos atrás desses adversários no final do primeiro terço de campeonato. O que temos assistido é uma prova magnífica do Benfica - que começou mal com 3 empates nos primeiros cinco jogos - e uma atitude muito positiva da equipa em dar eco aos objectivos "internos" previamente (bem) definidos por Rui Costa e Quique Flores.

E neste momento, tirando os desaires da Taça Uefa que nos afastam prematuramente dessa competição, o Benfica tem sido muito forte, mesmo com alguns erros infantis em alguns jogos. Gostava obviamente de continuar na Europa mas sei que preparar a equipa este ano para que possa dar frutos Europeus no próximo pode ser consequência aceitável para este desaire prematuro.

O Benfica hoje, tem claramente uma estabilidade que não tinha noutras épocas e só passando por essas épocas sofríveis podemos hoje constatar isso mesmo. Depois dos 5-1 da Grécia, e do empate com Setúbal a equipa entra na Madeira com a confiança de quem sabe que está a crescer bem e de quem sabe que obviamente é mais forte que o Marítimo. Não foi a expulsão que ganhou o jogo. O jogo ganhou-se no inicio quando se viu a atitude da equipa. A goleada nasce com a expulsão mas a vitória nasce desde o primeiro minuto de jogo.

Esta certeza de todo o grupo, em que o trabalho está a ser bem feito é aquilo que nos vai fazer também acreditar que depois de uma derrota ou dum mau resultado não há uma crise ou uma derrocada, porque começa-se a ter certezas que o bom trabalho tem naturalmente de dar frutos, exingindo-se mais, tendo mais concentração e evitando-se erros que se têm vindo a cometer neste passado recente.

O que me espanta é que este trabalho dê frutos em tão pouco tempo. E sobre isso lembro que apesar do campeonato ser a prova principal, o domínio nacional não se fica apenas pelo campeonato. Esta liderança no campeonato, apenas nos aumenta a responsabilidade no próprio campeonato mas também nas outras provas nacionais. Todos sempre nos querem ganhar. Agora querem ganhar ainda com mais ganas (para usar uma expressão cara ao nosso treinador), começando já pela equipa que perdeu a liderança para o Benfica.

Ter um jogo contra o Leixões no próximo fim de semana é algo que faz com que o Benfica não possa sequer desfrutar da liderança porque o medo de perder e sair fora da Taça com a equipa revelação desta Liga é real.

Eu quero ser campeão e ganhar a Taça de Portugal no Jamor. É isso que quero. Não quero a Taça Uefa (também já não a posso querer) e a Taça da Liga pode vir por acréscimo mas não me tira o sono. Mas quero muito ganhar os dois principais troféus nacionais e sei que para ganhar os dois tenho de ganhar ao Leixões no próximo sábado.

Há cerca de um mês dizia eu aqui no blog que se o Benfica souber aprender com os erros pode falhar menos e ganhar mais. Também dizia depois do jogo de Setúbal e de Atenas que quando deixarmos de ser infantis nalguns momentos do jogo, também íamos ser mais felizes noutros jogos. Com o jogo do Leixões a atitude tem de ser a mesma que se teve em Guimarães, que tivemos no Funchal esta semana ou a que tivemos por exemplo em Paços de Ferreira. O Benfica tem de jogar este jogo sabendo que é mesmo uma final e que não se espera menos que 100% de cada jogador. Penso que 99% não será suficiente porque todo Portugal não Benfiquista quer que o Benfica perca para passar o Natal mais feliz e porque José Mota e sus muchachos já provaram o que podem fazer para nos contrariar. Nós pelo contrário queremos passar o nosso Natal feliz e sabemos a importância deste jogo. Eu dizia aqui há uma semana que preferia perder com o Marítimo, que perder com o Leixões para a Taça, pela simples razão que nesta competição perder não tem remédio.

Nós somos superiores ao Leixões, não pelos dois pontos de avanço no campeonato, mas pela nossa equipa, estrutura, individualidades. O que sei é que se não formos muito fortes mentalmente, fisicamente e tacticamente não ganharemos em Matosinhos.

Espero que não se entrem em falsas euforias com os 6-0 da Madeira e se esqueça a atitude miserabilista (não miserável) com que se entrou para a segunda parte do pior jogo do ano contra o Leixões na Liga. Não se pode esquecer esse jogo porque são estes jogos que nos marcam o ano. Eu perdoo ao Benfica tudo, menos a falta de atitude. Mesmo em Atenas, achei que o Benfica tentou o possível e não os critiquei mas em Matosinhos fomos maus e não serve de desculpa o excelente campeonato do Leixões ou os seus bons resultados em Alvalade ou Dragão.

Exijo como adepto atitude igual ou superior à da Madeira por "todas as razões e mais algumas", como dizia Quique Flores na passada semana na conferência de rescaldo de empate com Setúbal.

A importância da liderança também se vê nestes jogos que nem sequer são para o campeonato. O Benfica é um todo e este jogo é fundamental para o resto do ano.

Até ver será o jogo do ano - primeiro e segundo defrontam-se - com a agravante de quem perder sai da competição. Deixem tudo em campo e façam-nos acreditar que o bom trabalho começa também a dar resultados onde eles são mais importantes - no domínio das competições nacionais.

Ainda sobre este jogo, mas noutro tabuleiro, informa "A Bola" que o Benfica vai receber 61250 euros (o mesmo que Leixões) referentes a direitos de transmissão televisiva deste jogo que opõe o primeiro e segundo classificado da Liga.

O Benfica pediu, e muito bem, a cópia do contrato assinado pela Federação Portuguesa de Futebol (detentora do poder negocial dos jogos da Taça de Portugal) com a TVI para averiguar os números reais que a estação de televisão pagou por este jogo. Ou muito me engano ou o Benfica vai ter uma surpresa pois os valores que a TVI pagou foram mesmo esses. Isto só prova que neste momento têm de se rever todas as regras de todas as competições no que toca a transmissões televisivas nacionais e o Benfica aí terá uma palavra a dizer porque não se pode negociar pacotes de transmissão da Taça de Portugal a pensar que o Benfica receberá 61250 euros quando se desloca ao campo do segundo classificado nos oitavos de final da prova.

Absolutamente Ridículo. Sem mais comentários...

Parabéns a todos os Benfiquistas que durante 1296 dias acreditaram que este dia chegaria, mais cedo ou mais tarde. Nós podemos e devemos desfrutar da liderança, mas os nossos jogadores já têm que esquecer a goleada de domingo e focar tudo no importante jogo da Taça. Concentração, atitude e união são a receita para ganhar a esta equipa surpresa da Liga e não espero nada menos que isso e muita paixão para assumir em campo a responsabilidade de ser primeiros.

Tenho muito orgulho no trabalho feito neste "Novo Benfica" e sei que estamos ainda no começo de um ciclo com muitas vitórias. Que a próxima seja já no sábado...

Com orgulho de líder, grito bem alto :

Força Benfica

sábado, 6 de dezembro de 2008

A minha opção...

Sou um acérrimo defensor de Quique Flores e assim continuarei por convicção, não por concordar ou discordar das suas opções num ou noutro momento.

Não sou treinador, não penso em tácticas diariamente, não treino com os nossos jogadores, nem analiso semanalmente os adversários do Benfica para me poder sentir minimamente capacitado para criticar ou aplaudir as nossas opções técicas e quem lê este espaço sabe que raramente me meto nos meandros tácticos deste apaixonante jogo.

Aliás, interessam-me sempre mais outro tipo de questões relacionadas com o Benfica que as opções técnico-tácticas que Quique ou outro treinador implementa.

No entanto, nesta questão "Quim" que animou a semana futebolística encarnada, resumi o meu pensamento a uma frase que escrevi na passada segunda feira e que cito hoje de novo.

"Culpa de todos porque no "meu Benfica" são sempre 11 que ganham e 11 que perdem."

E isto não vai mudar nunca. Não critiquei Kastsouranis no jogo com FCPorto, como não critico qualquer avançado quando não marca ou qualquer defesa quando falha. São nossos jogadores e se num momento não estão bem é porque nós também não estamos sempre bem no nosso trabalho e não é por isso que todas as semanas somos metidos na "prateleira".

Acredito cegamente em Quique - como aqui já o escrevi antes. Este "cegamente" resume numa palavra um conceito de confiança máxima, sabendo que as suas decisões podem ser acertadas ou erradas, mas que aprenderá com os seus erros, acreditando sempre que quando decide está a tentar melhorar a equipa. Todos os jogadores do Benfica já tiveram banco - desde as estrelas às novas coqueluche, passando pelos eternos suplentes que têm uma oportunidade. Todos jogam e todos descansam, menos Quim.

Quim nunca descansou, porque a opção na Taça tem sido Moreira e isso não é um descanso é apenas uma opção técnica que noutros anos também se verificou no Benfica.

Então se estamos a uma semana dum importante jogo para a Taça com o líder do campeonato - veremos se no próximo sábado Leixões nos recebe como líder - e num jogo que Moreira será titular, não seria melhor esperar uma semana para passar o testemunho, caso seja uma passagem de testemunho que esteja na cabeça de Quique?

Eu não acredito, nem um pouco na opção de passagem de testemunho. Acredito que Quique sentiu que houve muito ruído nesta semana e num jogo tradicionalmente difícil na Madeira contra o Marítimo, onde o Benfica provavelmente não ganhará - espero obviamente o contrário - quis "proteger" Quim como se diz agora na gíria futebolística. Quis dar-lhe descanso como deu a Leo... Quis dizer lhe que conta com ele, "mas não agora". Provavelmente também não conta com ele para a Taça de Portugal, e aqui reside a essência da minha opção.

Se estamos a uma semana dum jogo importantíssimo para a Taça de Portugal, porque não deixar Quim jogar na Madeira, arriscando uma derrota que pode acontecer como pode não acontecer contra Marítimo? Temos a defesa recomposta com Maxi, Luisão, Sidnei e David Luiz e na última vez que estes jogaram não sofremos golos em Coimbra.

Eu optava por Quim na Madeira e deixava Moreira preparado para defender as balizas de Matosinhos. Seria a minha opção...

Se tudo corresse bem a Quim e a Moreira nos respectivos jogos, voltaria à normalidade de Quim na baliza com Metalist já com a tal semana de descanso anunciada em Matosinhos. Se corresse mal a Quim e bem a Moreira, teria a calma e o descanso dum jogo a feijões (com Metalist) para poder relançar Quim e se corresse tudo bem a Quim e mal a Moreira, significaria que afinal Quim defenderia naturalmente a baliza do Benfica nesse tal jogo de nenhum interesse com o Metalist e Moreira continuaria a espreitar outra oportunidade. (Admito que este tipo de análise de correr bem a um e mal a outro é terrível e quase que me envergonho de a escrever, mas para defender uma ideia tive que passar por esse horrível exercício...)

Também há quem diga que as oportunidades na vida se defendem com unhas e dentes uma única vez, porque o comboio não passa muitas vezes. Depois de tanto sofrimento e de tanto banco a oportunidade surge agora para Moreira. Gosto dos dois - de Quim e de Moreira e sei que qualquer Benfiquista sincero sente o mesmo que eu, sem qualquer ódio por esta ou aquela bola mal defendida, neste ou naquele jogo por um ou por outro - não esquecer que num guarda redes dias bons e dias maus acontecem normalmente.

Mas eu não sou treinador do Benfica e sei que Quique pensou e meditou, falou com quem tinha de falar e decidiu o que pensa ser melhor para o Benfica. Estou com ele apesar da minha opção ter sido outra. Hoje e sempre estou com Quique, com ou sem campeonato ganho em Maio, porque não me esqueço facilmente do que era o Benfica nos últimos dois anos - uma equipa triste, desanimada, com um público descrente e desacreditado.

Hoje, estamos fora da Taça Uefa e estamos em todas a competições nacionais. Amanhã podemos perder com o Marítimo e ainda estamos na luta pelo campeonato, mas uma derrota contra o Leixões aniquila muita coisa nesta época. Quero o domínio nacional e para isso necessitamos de continuar em frente em todas as provas nacionais.

Posto isto qual será o guarda redes mais importante - com o jogo do Marítimo ou contra o Leixões para a Taça de Portugal?

Como eu falo de fora, sem toda a informação é-me mais fácil decidir...

Força Quim.
Força Moreira.
Força Quique.

Força Benfica.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A essência da Mística

Há textos que nos marcam e marcam a maneira como vemos alguns dos assuntos da nossa vida e especialmente dos assuntos relacionados com o nosso Benfica.

Este texto retirado do blog "Tertúlia Benfiquista" é um desses exemplos, onde as palavras nos fazem entender de forma clara o que é a essência da Mística Benfiquista.

Obrigatório!

Força Benfica

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Para quem acredita em milagres

Eu não acredito em milagres mas quando a equação inclui algo a ver com o Benfica passo a acreditar...

Amanhã o Benfica joga o seu futuro na Taça Uefa, mesmo sem que a equipa jogue no terreno de jogo. Dizia eu antes, para quem acredita em milagres amanhã é um dia em cheio porque precisamos de dois milagres num espaço de 2 horas - que o Metalist perca em casa com o Olympiakos e esperar que o Hertha de Berlim também perca em casa com o Galatassaray.

Se o Hertha de Berlim empatar também não ficaremos muito tristes mas já que estamos a pedir - e quando se fala de milagres não fica mal pedir o desejável - então que perca...

Se isto acontecer, se em menos de 24 horas estes dois resultados forem uma realidade, mesmo com o empate de ontem frente ao vitória de Setúbal a nossa moral voltaria a estar lá em cima.

Assim, a 18 de Dezembro - dia em que recebemos em casa a equipa revelação da Taça Uefa de nome Metalist - dependeríamos de nós e de um empate ou vitória do Olympiakos em Atenas diante do Hertha de Berlim.

Ou seja, pensando que no último jogo, o Olympiakos não perde em casa, o Benfica "apenas" tem de ganhar 3-0 ao Metalist no nosso Estádio da Luz. Este resultado pode ser menos volumoso se o Metalist amanhã perder em casa por 3-0 e assim apenas necessitamos de vantagem de 2 golos.

Todos estes milagres são possíveis porque falamos do Benfica e quando se fala do Benfica é mesmo tudo possível como infelizmente se viu ontem no Estádio da Luz.

Apesar de ser remota a chance e apesar de parecer impossível desde a passada quinta feira que estes milagres possam acontecer, nada como pedir e esperar a ver o que acontece. Então, e como temos companheiros amigos em ambas as equipas, peço encarecidamente ao nosso amigo Fernando Meira que motive o mais possível os seus jogadores para uma vitória em Berlim - que ele também conhece dos jogos que aí disputou com o seu Estugarda - e ao nosso timoneiro Quique Flores peço que perca o orgulho e mande um sms ao seu colega e conterrâneo Ernesto Valverde - actual treinador do nosso último carrasco de quinta feira - pedindo-lhe "que ganhe amanhã na Ucrânia por uma margem confortável e que repita a eficácia ofensiva que tão acertada esteve na passada semana". Coisas simples...

Eu por mim, farei a minha parte e quebrarei o jejum de alguns anos, fazendo o obséquio de por uma vez na vida torcer por uma equipa Grega como se não houvesse amanhã e torcer por uma equipa Turca da mesma maneira que torci contra eles nas bancadas do Estádio de Geneve neste último Euro 2008.

É a minha maneira de contribuir para este pequeno e desejável milagre que por experiência e por lógica terá muito poucas hipóteses de se verificar...

Isto tudo para chegar à grande conclusão de toda esta História. O que eu quero mesmo é viver uma noite Europeia à antiga - não contra os grandes do futebol Europeu - mas sim contra uma equipa teoricamente mais modesta e onde o Benfica tenha que entrar obrigado a marcar 3 golos. Todos sabemos que estas noites Europeias escasseiam pela simples razão que a maior parte das competições agora são por grupos. Pois bem, que o milagre aconteça amanhã porque depois, no dia 18 não acredito que o Hertha ganhe em Atenas (mas pode acontecer milagres para os lados de Berlim) e nós teríamos uma super noite de emoções em pleno Estádio da Luz.

Agora, vou abrir a luz e acordar do sonho... Era bonito!

Força Benfica

Não falo de árbitros no blog...

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É pena porque hoje este senhor de apito "estava mesmo a pedi-las"...

Apesar de tudo, sei que seremos campeões este ano, porque esta equipa vai merecer ser campeã. E sabem porque ainda não somos primeiro? Porque ainda não merecemos esse lugar. E sabem porque ainda não merecemos esse lugar? Porque com golo ou sem solo de Suazo anulado, com expulsão ou sem expulsão de Sandro - antes ou depois do segundo golo do vitória - uma equipa líder não sofre um golo daqueles nos descontos. Culpa de todos porque no "meu Benfica" são sempre 11 que ganham e 11 que perdem. O primeiro lugar chegará. Chegará...

Quique disse no final que:

"O futebol tem este tipo de acidentes que nos deixam frios por dentro, mas que fazem parte do jogo. Era um jogo para ganhar, por todas as razões e mais alguma..."

As equipas tem acidentes de quando em quando, mas as equipas consistentes e inteligentes aprendem com os acidentes, como cada um de nós aprende com os acidentes na nossa vida. Acredito cegamente nesta equipa e sei que estes erros não se repetirão. Espero que "por todas as razões e mais alguma" possamos crescer como equipa, ser mais maduros e menos infantis. É só isso que falta.

Sem mais, Força Benfica... Força

(imagem retirada do nosso blog vizinho "Forum Benfica")