Hoje a entrevista de António Lobo Antunes n' "A Bola" é emocionante. Eu gosto do Benfica de António Lobo Antunes porque é exactamente o meu Benfica - o Benfica da emoção, do amor à camisola, do futebol bonito e livre, da mística, da vitória.
Colocarei online toda a entrevista num post seguinte, porque sei que quem gosta do Benfica e sente o Benfica tem de se identificar com o que o grande escritor diz hoje nesta conversa com Vítor Serpa.
A razão principal que eu gosto do António Lobo Antunes é a sua escrita, mas admito que desde sempre soube que foi, é e será um grande Benfiquista o que me influenciou positivamente para a sua pessoa - aparte da escrita...
Recentemente tive oportunidade de pedir um autógrafo a António Lobo Antunes, num livro que tenho seu, e quando estava na fila pensei em pedir-lhe que me escrevesse uma frase sobre o Benfica na página branca que antecede o texto. Durante a minha estadia na fila, pensei que apesar de essa "dedicatória Benfiquista" representar mesmo o que eu desejava - uma frase do António Lobo Antunes num livro seu (mas meu) sobre o Benfica - tive receio que com tanta gente a solicitar autógrafos, esse pedido fosse um "abuso" e optei por não lhe pedir o que mais desejava. Depois de ler a entrevista dele e sabendo que o autógrafo num livro (como num disco) vale o que cada um quiser considerar como valorizável, decidi que tentarei ter a tal dedicatória do grande escritor Benfiquista num próximo autógrafo, num qualquer outro livro seu, para sempre me lembrar da sua ideia magnífica de Benfiquismo.
A entrevista que hoje concede ao jornal "A Bola" tem vários momentos de interesse mas também tem passagens tristes que merecem reflexão. Eu sempre vi o Benfica como um clube de cultura. Bem sei que é orgulhosamente um "clube do povo" e António Lobo Antunes reforça essa ideia da mesma maneira que reforça a ideia que obviamente os intelectuais também gostam de futebol e o Benfica sempre teve muitos adeptos incondicionais ligados às artes, à cultura, às ciências, à investigação. No entanto, consequência desta nova indústria do futebol mediatizado, procuram-se mais facilmente as novas caras das novelas, os novos ou velhos músicos mais mediatizados, alguns "Jet Set" mal amanhados (as) e oferecem-se bilhetes quase como que a pensar que essa oferta terá um efeito comercial num determinado público-alvo que assim mais facilmente irá ao estádio.
Eu paguei todos os bilhetes de todos os jogos no antigo e no novo Estádio da Luz (salvo uma ou outra excepção perfeitamente justificadas - até porque o cativo não engana), e não aceito que nenhum VIP ou não VIP utilize constantemente qualquer estatuto para de forma continuada ver jogos no Estádio da Luz - todos sabemos que há vários exemplos destes no passado recente Benfiquista. Para mim, estes exemplos são inaceitáveis. Não admito que se convidem continuamente VIPs ou "pretensos" VIPs que na maioria dos casos utilizam o Benfiquismo para sua promoção, nem sequer são sócios do clube e provavelmente nem sabem quanto custa um bilhete para um jogo - quanto mais um bilhete de época. Declaro que não tenho nada contra as promoções, contra um ou outro bilhete que se ofereça a um ou outro Benfiquista destacado mas sinceramente tenho a ideia "antiga" e quase "religiosa" de pagar ao Benfica todo e qualquer bilhete, quota ou cativo. Obviamente...
Isto a propósito de algo que me chocou na entrevista - António Lobo Antunes ainda não foi ao novo Estádio da Luz.
Obviamente que o escritor não precisa de qualquer convite para aí se deslocar e se nunca lá foi é obviamente consequência do enorme desencanto que tem vindo a crescer sobre toda a indústria do futebol e também dos resultados recentes Benfiquistas. Penso que alguém (que pode e deve ser Rui Costa ou em última análise o próprio Luis Filipe Vieira) deve fazer algo formal e provavelmente com carácter Institucional para que António Lobo Antunes volte a fazer parte da mobília do Estádio da Luz porque faz mesmo falta. O timing é bom porque parece que António Lobo Antunes (tal como eu) vê em Quique Flores e em Rui Costa uma lufada de ar fresco que pode ser determinante para a sua primeira visita ao novo Estádio da Luz. É mesmo importante ter o António Lobo Antunes no nosso estádio. Este e todos os Antónios Lobos Antunes que estão espalhados nos 4 cantos do país - para não dizer do mundo. Fazem falta porque eles representam também este novo Benfica - não o Benfica de passado mas o Benfica de futuro.
Um Benfica de futuro tem de saber ler as entrelinhas da entrevista de António Lobo Antunes. Este é o Benfica que nos foi passado pelos avós, pais, tios, amigos e que terá necessariamente ser o Benfica de futuro. Eu sou dos que apoio todo o tipo de modernidade que possa trazer mais receitas, mais criatividade na abordagem a essas mesmas receitas, dum marketing evoluído que permita a quem está em qualquer parte do mundo possa aceder pela internet ou pelo telefone móvel ao jogo ou a conteúdos exclusivos, sou a favor dum Benfica virado para as novas gerações falando a sua linguagem, sou a favor dum Benfica ecléctico e mais competitivo nesse ecletismo, sou a favor dum Benfica social e cultural e não apenas desportivo. A Mística que vem à baila, muitas e muitas vezes estará presente no futuro se soubermos ler o passado. E o passado aprende-se com quem o viveu nas bancadas frias e duras do antigo Estádio para que possamos revivê-las nas bancadas quentes e confortáveis do novo Estádio da Luz.
Quero muito ser campeão este ano, mas também é importante ver o grande António Lobo Antunes na bancada dum dos próximos jogos, porque isso significa que recuperaríamos um desanimado e sabíamos apontar as verdadeiras baterias para o presente/futuro da Mística do Glorioso.
Colocarei online toda a entrevista num post seguinte, porque sei que quem gosta do Benfica e sente o Benfica tem de se identificar com o que o grande escritor diz hoje nesta conversa com Vítor Serpa.
A razão principal que eu gosto do António Lobo Antunes é a sua escrita, mas admito que desde sempre soube que foi, é e será um grande Benfiquista o que me influenciou positivamente para a sua pessoa - aparte da escrita...
Recentemente tive oportunidade de pedir um autógrafo a António Lobo Antunes, num livro que tenho seu, e quando estava na fila pensei em pedir-lhe que me escrevesse uma frase sobre o Benfica na página branca que antecede o texto. Durante a minha estadia na fila, pensei que apesar de essa "dedicatória Benfiquista" representar mesmo o que eu desejava - uma frase do António Lobo Antunes num livro seu (mas meu) sobre o Benfica - tive receio que com tanta gente a solicitar autógrafos, esse pedido fosse um "abuso" e optei por não lhe pedir o que mais desejava. Depois de ler a entrevista dele e sabendo que o autógrafo num livro (como num disco) vale o que cada um quiser considerar como valorizável, decidi que tentarei ter a tal dedicatória do grande escritor Benfiquista num próximo autógrafo, num qualquer outro livro seu, para sempre me lembrar da sua ideia magnífica de Benfiquismo.
A entrevista que hoje concede ao jornal "A Bola" tem vários momentos de interesse mas também tem passagens tristes que merecem reflexão. Eu sempre vi o Benfica como um clube de cultura. Bem sei que é orgulhosamente um "clube do povo" e António Lobo Antunes reforça essa ideia da mesma maneira que reforça a ideia que obviamente os intelectuais também gostam de futebol e o Benfica sempre teve muitos adeptos incondicionais ligados às artes, à cultura, às ciências, à investigação. No entanto, consequência desta nova indústria do futebol mediatizado, procuram-se mais facilmente as novas caras das novelas, os novos ou velhos músicos mais mediatizados, alguns "Jet Set" mal amanhados (as) e oferecem-se bilhetes quase como que a pensar que essa oferta terá um efeito comercial num determinado público-alvo que assim mais facilmente irá ao estádio.
Eu paguei todos os bilhetes de todos os jogos no antigo e no novo Estádio da Luz (salvo uma ou outra excepção perfeitamente justificadas - até porque o cativo não engana), e não aceito que nenhum VIP ou não VIP utilize constantemente qualquer estatuto para de forma continuada ver jogos no Estádio da Luz - todos sabemos que há vários exemplos destes no passado recente Benfiquista. Para mim, estes exemplos são inaceitáveis. Não admito que se convidem continuamente VIPs ou "pretensos" VIPs que na maioria dos casos utilizam o Benfiquismo para sua promoção, nem sequer são sócios do clube e provavelmente nem sabem quanto custa um bilhete para um jogo - quanto mais um bilhete de época. Declaro que não tenho nada contra as promoções, contra um ou outro bilhete que se ofereça a um ou outro Benfiquista destacado mas sinceramente tenho a ideia "antiga" e quase "religiosa" de pagar ao Benfica todo e qualquer bilhete, quota ou cativo. Obviamente...
Isto a propósito de algo que me chocou na entrevista - António Lobo Antunes ainda não foi ao novo Estádio da Luz.
Obviamente que o escritor não precisa de qualquer convite para aí se deslocar e se nunca lá foi é obviamente consequência do enorme desencanto que tem vindo a crescer sobre toda a indústria do futebol e também dos resultados recentes Benfiquistas. Penso que alguém (que pode e deve ser Rui Costa ou em última análise o próprio Luis Filipe Vieira) deve fazer algo formal e provavelmente com carácter Institucional para que António Lobo Antunes volte a fazer parte da mobília do Estádio da Luz porque faz mesmo falta. O timing é bom porque parece que António Lobo Antunes (tal como eu) vê em Quique Flores e em Rui Costa uma lufada de ar fresco que pode ser determinante para a sua primeira visita ao novo Estádio da Luz. É mesmo importante ter o António Lobo Antunes no nosso estádio. Este e todos os Antónios Lobos Antunes que estão espalhados nos 4 cantos do país - para não dizer do mundo. Fazem falta porque eles representam também este novo Benfica - não o Benfica de passado mas o Benfica de futuro.
Um Benfica de futuro tem de saber ler as entrelinhas da entrevista de António Lobo Antunes. Este é o Benfica que nos foi passado pelos avós, pais, tios, amigos e que terá necessariamente ser o Benfica de futuro. Eu sou dos que apoio todo o tipo de modernidade que possa trazer mais receitas, mais criatividade na abordagem a essas mesmas receitas, dum marketing evoluído que permita a quem está em qualquer parte do mundo possa aceder pela internet ou pelo telefone móvel ao jogo ou a conteúdos exclusivos, sou a favor dum Benfica virado para as novas gerações falando a sua linguagem, sou a favor dum Benfica ecléctico e mais competitivo nesse ecletismo, sou a favor dum Benfica social e cultural e não apenas desportivo. A Mística que vem à baila, muitas e muitas vezes estará presente no futuro se soubermos ler o passado. E o passado aprende-se com quem o viveu nas bancadas frias e duras do antigo Estádio para que possamos revivê-las nas bancadas quentes e confortáveis do novo Estádio da Luz.
Quero muito ser campeão este ano, mas também é importante ver o grande António Lobo Antunes na bancada dum dos próximos jogos, porque isso significa que recuperaríamos um desanimado e sabíamos apontar as verdadeiras baterias para o presente/futuro da Mística do Glorioso.
Força Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário