terça-feira, 22 de julho de 2008

O Americano (Parte II)

Acabo de ler numa das melhores vizinhanças da blogosfera, que afinal o Adu vai para o Mónaco emprestado com a opção de compra definida em 1,5 milhões de Euros. Nesse post leio que a fonte é o Jornal de Notícias, o que me deixa desconfiado. No entanto, a ser verdade, o que disse no post anterior perde toda a actualidade e o foco terá obviamente que ser colocado na possibilidade de um péssimo negócio em perspectiva.

Para não comentar esta noticia sem confirmação oficial, digo apenas que não entendo como isto pode ser verdade. No futebol, muitas vezes quem decide, tem que pensar nos adeptos (ou como os de marketing gostam de chamar - nos clientes) e esta decisão, por estes valores, não vai ser bem aceite por nenhum dos Benfiquistas. Em altura de renovação de cativos, esta não é boa notícia para os indecisos. Só espero que as próximas horas tragam a notícia oficial, com todos os pormenores deste acordo, para cada um julgar de acordo com a sua consciência.

Força Benfica

O Americano

Gosto de Freddy Adu. Como eu, muitos dos Benfiquistas, pela razão mais simples do mundo - das poucas vezes que jogou, -lo bem e cumpriu, tendo em conta a expectativa/resultado de cada uma das vezes que actuou (exceptuando aquele primeiro jogo na pré-eliminatória da Champions).

Tem 19 anos feitos no passado mês de Junho, está em pleno processo de crescimento futebolístico e não me parece mal que seja emprestado ao Mónaco - cenário por todos nós conhecido há vários meses, apesar das boas exibições efectuadas na selecção Americana.

Independentemente do fenómeno de Marketing que pode estar em potência neste jogador de selecção Americana, a qualidade deste Americano é acima da média. Quando digo qualidade falo de técnica e alguma rapidez, porque as capacidades tácticas e todas as outras características que fazem um bom jogador dependem muito do que ele vai fazer nos próximos 18/24 meses e na maioria das vezes de factores externos ao próprio jogo. O que interessa é que ele tem potencial para poder integrar a equipa principal do Benfica num futuro próximo.

Não estou nem um pouco contra este empréstimo, pela razão desportiva que já enumerei e pela razão financeira que esse empréstimo pode representar. Nos media aparece escrito (vale o que vale...) que o seu ordenado é na ordem dos 500 000 euros/ano. Não acredito em tudo o que vem nos jornais, mas mais euro menos euro parece-me possível que o seu ordenado ronde esses valores. Com o seu empréstimo o Benfica deixa de pagar a totalidade do ordenado ou na pior das hipóteses, terá que pagar uma percentagem desse ordenado, previamente definida entre Benfica e Mónaco. Caso ficasse no Benfica, jogaria pouco e teríamos que pagar todo esse ordenado. Assim pagamos menos (ou nada) e acompanhamos a sua evolução futebolística à distância, mas nem tanto...

Até aqui tudo óptimo e se acrescentarmos que o clube é o Monaco, parece-me competitivo suficiente para poder desenvolver-se bem como jogador e como pessoa, sabendo que Ricardo Gomes será o seu próximo treinador.

No entanto, assusto-me quando leio em todos os jornais que o Mónaco tem o direito de opção. Como não leio de quanto é esse valor, e sabendo que o Rui Costa é uma pessoa que sabe o que está a fazer, depreendo que esse direito de opção significa que caso o Benfica o queira vender o Mónaco terá a opção dessa compra. Caso o Benfica o queira vender. Nem mais nem menos. Assim leio eu, este conceito de direito de opção, que tal como o ordenado do Freddy Adu anunciado nos media, vale o que vale.

Se em vez do que escrevi aqui antes, a opção for de compra, então juntamente com o empréstimo deveria estar colocado um valor que o Mónaco terá que pagar no final desse empréstimo, se desejar continuar com o Adu e o Benfica nada pode fazer para impedir esse negócio. Uma vez mais, assim é a minha leitura...

No caso do negócio falhado do Fábio Coentrão para o Feyenoord, a cláusula de compra estava estipulada e anunciada nos jornais pelo valor de 5 milhões de euros. Ou seja, no final do empréstimo caso o Feyenoord quisesse ficar com o jogador pagaria os 5 milhões de euros e o Benfica teria que vender.

Neste caso, quem empresta pode ditar regras específicas e duras, como por exemplo a opção de compra ser accionada a 31 de Março e não a 30 de Junho (como acontecia com esse tal de Cristian Rodriguez) ou a obrigação do clube a quem teve emprestado o jogador, de pagar na íntegra e duma só vez a totalidade desse valor previamente acordado, em vez das normais parcelas/prestações utilizadas muitas vezes nestes negócios.

No caso do Freddy Adu, eu acredito que ele vai apenas emprestado e para voltar no final da época, sem mais. Assim acredito e assim espero, porque era sinal que se tinha imposto no Mónaco e estaria preparado para entrar no Benfica com os tais 20 anos que completará a 2 de Junho de 2009. Digo assim espero, porque penso que o Benfica acautelou esta questão no contrato que fez com o Mónaco e penso que deverá ter que comunicar à CMVM as linhas gerais deste acordo. Ou neste caso, ao contrário de muitos outros, talvez não tenha que o fazer.

Caso o Benfica tenha colocado uma cláusula no direito de compra ao Mónaco, só espero que esse valor tenha sido alto, para nos compensar do investimento feito, do ano de ordenados gastos nesta época e para aliviar os corações deprimidos de todos os Benfiquistas que vêem partir mais um jovem jogador para outras paragens. Repito, eu não acredito neste cenário mas o tempo aqui estará para testemunhar ou não a minha opinião.

Não podemos dramatizar e só devemos olhar para este como primeiro de muitos que terão de sair do Benfica nos próximos dias.

Se não escutar Luís Filipe na lista de dispensas, esta dispensa do Adu vai doer... Vai vai... Até lá, encaro esta opção como uma decisão acertada do Rui Costa. Para esta semana crucial o desejo das últimas semanas - que Rui Costa contrate bem e dispense melhor.

Força Benfica

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Os Dispensados

Disse aqui há meses esperava que "dispensassem quem está a mais e que contratassem menos e bons" para este ano termos hipóteses de voltar a ser competitivos.

Quanto ao "contratar bem", penso que estamos a 65% do caminho e quanto ao "dispensar melhor" penso que estamos ainda no começo.

Como princípio sou contra as equipas com 70 jogadores espalhados por vários pontos do mundo. Eu entendo que o futebol moderno é feito de oportunidade e ter jogadores que representam uma boa oportunidade de negócio ligados ao Benfica e poder emprestá-los para ver como actuam e com a porta aberta a uma eventual entrada na equipa pode ser algo vantajoso nalguns casos. No entanto esses "alguns casos" são raros e não justificam esta opção como uma prática corrente na gestão desportiva do Benfica.

Ou seja, emprestar o André Carvalhas, o Miguel Vitor (este ano já se verá se fica ou não), o Fábio Coentrão, o Romeu Ribeiro, o Miguel Rosa, (para não falar do Nelson Oliveira que é demasiado novo sequer para ser emprestado) parece-me acertado e representa emprestar alguém que teve formação no Benfica e que neste momento só tem de afinar pequenos detalhes para serem jogadores do plantel sénior dentro de pouco tempo - 1 a 2 anos. Tal como o Rui Costa fez no Fafe no inicio de carreira. Neste particular estou totalmente de acordo com as dispensas "controladas".

No entanto, com a contratação de vários jogadores júniores/juvenis estrangeiros (mesmo para a nossa formação), com a contratação de jogadores seniores directamente talhados para a dispensa (como o caso recente deste novo Aissa), com a contratação de vários jogadores que se sabe que não servirão de todo, só com o objectivo de poderem ser utilizados como moeda de troca em futuros negócios, penso que o Benfica arrisca demasiado no tal objectivo de em tantos jogadores ter 2/3 que um dia entrem a sério no plantel sénior.

Rui Costa terá tempo - aqui tempo significa mesmo 3 a 5 anos - para colocar o seu cunho pessoal neste importante item mas no imediato há jogadores de classe - Freddy Adu será o caso mais escandaloso este ano, mas daqui a umas horas poderão existir outro casos de dispensas e permanências polémicas - que terão de sair do Benfica porque não há espaço para 40 jogadores quando o plantel deverá ter 26.

E aqui entra outro problema que é a gestão de interesses entre o Benfica, os jogadores dispensados e os clubes que querem esses jogadores. O Benfica pode querer que o jogador actue num determinado clube e o jogador ter outras ideias. Estamos a falar de pessoas com sonhos reais de jogar no Benfica e na sua maioria com pouca noção de realidade.

O ano passado o caso do Binya foi emblemático. Tínhamos um jogador no Estrela da Amadora (com o nome de Gilles) que não serviria de todo para o Benfica de Fernando Santos e acabou por ser repescado porque encaixava no modelo de jogo e no espírito que José António Camacho queria para o Benfica, muito diferente do que quer Quique Flores.

Provavelmente, e tendo em conta que Quique Flores assinou por 2 anos mais um de opção, Binya não será chamado por este treinador nos próximos tempos. Então o que será mais vantajoso para o Benfica? Vendê-lo definitivamente e deixar de suportar qualquer parte/totalidade do seu ordenado ou dispensá-lo com a esperança que um dia Quique Flores o queira de novo? (Atenção que tomo o exemplo de Binya, sem saber se será ou não dispensado. É apenas um exemplo, tal como Adu que ainda não sei se será ou não dispensado).

Nestes casos "cada caso é um caso" mas Rui Costa terá muito trabalho em colocar todos estes jogadores e gerir cada um destes processos no imediato e nos próximos anos, porque na sua maioria são jogadores que representam um ónus salarial considerável no final de cada mês e jogadores com vários anos de contrato.

Como é que este problema se resolve nos próximos anos ? Para mim de forma muito simples. "Contratar bem e dispensar melhor". Se Rui Costa colocar esta premissa na sua gestão desportiva, o Benfica terá menos jogadores emprestados e os que emprestar serão jogadores que terão de rodar entre os últimos anos de júniores e os primeiros de seniores.

Até lá, esperamos pelas próximas horas para confirmar quem serão dispensados por empréstimo e quais serão dispensados de forma definitiva - como João Coimbra, Paulo Jorge e Manu.

Força Benfica

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O nosso Presidente

Não gostei da entrevista do nosso Presidente hoje na RTP1. Pensava que esta entrevista, no timing que ele a escolheu fazer, teria o objectivo claro de virar a página e encerrar o caso "corrupção" que o nosso Presidente abriu há largos meses.

Ninguém quer neste momento saber de mais histórias mirabolantes sobre corrupção, pressões, intimidações e mais relatos "à lá" séries mafiosas, porque no dia em que todas essas histórias forem compiladas nem 30 volumes chegarão para descrever tudo o que se tem passado no futebol nacional nos últimos anos.

Todos sabemos dessas histórias e todos sabemos que essas histórias muitas das vezes têm quadros legais favoráveis onde se aplica a máxima do "crime compensa". Até ver, é assim que segue a procissão.

Esse tipo de questões pouco importam aos adeptos Benfiquistas. Estamos fartos desse tom pessimista, desse tom acusador, independentemente de serem acusações graves e verdadeiras, mas que na verdade só são mais vozes a incendiar algo que queremos ver apagado.

Continuam a haver nomes sujos de "Anteros" e "Bartolomeus" e "Loureiros" que não interessam absolutamente nada a quem se preocupa com o Benfica.

Eu acredito que para quem conviva diariamente com estas situações, não tenha força para continuar sem as tornar públicas e nesse caso admiro-lhe a coragem. No entanto, começamos a estar fartos da inoperância da justiça e Luís Filpe Vieira hoje deu um claro sinal aos seus adversários do Norte que não vai dar tréguas e que apesar de ter perdido esta batalha importante não perdeu a guerra que ele próprio decidiu travar contra o sistema/polvo que controla o futebol nacional.

Respeito a sua decisão, pela simples razão que este é o seu estilo. Esta é a sua luta e como disse tem de mim o inteiro respeito, mas sinto que estamos na altura de mudar a página. Por vezes o silêncio vale ouro (e não só nos negócios) e nesta altura falar pouco destes casos parecia-me ser o mais indicado, mas também eu não sou Presidente do Benfica e o nosso Presidente lá saberá com que linhas se cose.

Gostei de saber que Luis Filipe Vieira de forma pessoal estaria contra uma participação do Benfica na Champions e que colocaria essa decisão (participação ou não na Liga milionária) à consideração dos órgãos sociais do Clube, caso ao FCPorto fosse punido com a não participação nas provas da Uefa. Parece-me uma decisão elegante e de muito desportivismo. Aplaudo de pé, ainda por mais porque sempre disse aqui que depois do quarto lugar do ano passado o nosso lugar é na Taça Uefa.

Espero que continue o excelente trabalho no Benfica, espero que os projectos que estão em andamento possam ter sucesso, espero pelo dia em que o Estádio esteja pago e não tenhamos o papão do project finance atrás de nós, espero que os 200 000 sócios apareçam este ano ainda, espero por mais cativos, espero por mais títulos e pela manutenção do ecletismo, espero que aumentem as receitas como o nosso Presidente e a direcção tão bem o têm feito nos últimos anos e espero que um dia a máfia deixe o futebol, nem que seja por velhice.

Até lá preferia contenção nas palavras, uma certa mudança no estilo, no tom comunicacional e na maneira como se dirige aos sócios. No final de tudo, e tendo em conta o conceito de ataque que a própria entrevistadora utilizou em todo o debate, o nosso Presidente talvez tenha sido vítima da direcção que a própria entrevista tomou, mas não posso achar que devia ter feito mais, motivado mais e afinado agulhas noutras direcções.

Que continue o bom trabalho, que deixe o Rui Costa gerir o seu departamento e que tenha mais calma nesta guerra (não assumida com o FCPorto) pela verdade desportiva em Portugal.

Um dia será herói, mas no imediato parece que cada vez que fala tudo cai em saco roto. A ver como tudo acabará...

Força Benfica

PS - No "Inferno da Luz", horas antes da "Grande Entrevista" ainda havia quem acreditasse na boa performance do nosso Presidente e na esperança que todos tínhamos em que se falasse dos assuntos realmente importantes no dia de hoje. Ele deveria ter lido isto antes de entrar no estúdio de televisão. Teríamos todos ganho apesar de algumas das profecias se terem cumprido. No final apesar de não ter gostado sinto que também não foi nenhuma vergonha e para quem não viu, só tem que clicar aqui.

A Camisola do Aimar

Hoje, pelas 20h, foi apresentado Pablo Aimar na sala de imprensa do estádio da Luz. Em qualquer grande clube de estatuto mundial, a contratação de grandes nomes pressupõe que parte desse investimento seja recuperado em merchandising alusivo a esse mesmo jogador e neste particular, as camisolas oficiais representam a maior parte dessas receitas.

Hoje, um pouco antes do anúncio oficial soube que na loja Adidas do Estádio da Luz não se podia comprar a nova camisola oficial do SLBenfica para a nova época com o numero 10 e com o nome Aimar "porque as letras ainda não estão prontas e o fornecedor só as entregará lá para o final da próxima semana". Estas foram as palavras exactas do empregado da loja. Espantado com esta falta de timing, ainda perguntei se haveria algum tipo de letras e inventei "que um sobrinho faria anos amanhã e que lhe tinha prometido uma camisola com o seu nome como prenda de anos" ao que me responderam que seria de todo impossível colocar Aimar numa camisola de adulto ou qualquer outro nome na camisola de criança porque "a Liga tinha-se atrasado nas autorizações das letras e que o fornecedor neste momento só garante a entrega dessas mesmas letras, na melhor das hipóteses no final da próxima semana".

Perante tal cenário fiquei estupefacto e o empregado apressou-se a dizer-me que não era sua culpa, nem culpa da loja, mas sim culpa da Liga e do fornecedor.

Eu não quero acreditar que o maior clube do mundo chegue a dia 17 de Julho (e pelos vistos chegará ao final do mês de Julho) sem letras para colocar nas camisolas que entretanto forem compradas para adultos ou para crianças.

Isto para mim é gestão de segunda divisão do futebol Europeu. E digo segunda divisão porque o visado é o Benfica porque a verdade é que mais parece terceira divisão... Eu não sei quantas camisolas venderá o Benfica/Adidas nestes meses de Julho/Agosto mas sei que o nome Aimar é talvez a nossa maior contratação desde há muitos anos e merecia obviamente uma atenção especial por quem dirige este importante item do futebol moderno e do marketing dos clubes - o merchandising.

Eu acredito que nestes casos a culpa morre solteira - não é culpa do Benfica porque é a Adidas que gere o stock de camisolas e letras, não é culpa da Adidas, porque é a Liga que autoriza nem sei bem o quê (a verdade é que não entendi porque é que a Liga tem de licenciar as letras das camisolas dos clubes), não é do fornecedor porque, "coitado", não tem tempo para produzir letras num tão curto espaço de tempo e no final perdemos todos. Perde o Benfica, porque parte das receitas do acordo com a Adidas são para o clube e apesar de ser uma parte pequenina, sempre é uma parte; perde a Adidas porque não vende e não presta um serviço no timing que este serviço é mais necessário (estampagem de nomes nas camisolas em pleno verão); perdemos nós adeptos porque somos impedidos de comprar a camisola de Aimar na loja oficial do Estádio da Luz, não podendo assim retribuir minimamente, a prenda que nos acaba de oferecer Rui Costa.

Se a loja de desporto duma qualquer terrinha não tem letras para estampar o nome do Aimar ou qualquer outro nome na camisola sénior ou infantil em Julho de 2008, eu até entendo (somos grandes mas não somos ainda tão grandes), mas na loja do nosso próprio Estádio é apenas e só má gestão. Muito má gestão, doa a quem doer.

O ano passado por esta altura comprei uma camisola para oferecer na mesma loja e informaram-me que não havia letras "A", logo se o nome que eu queria estampar tivesse um "A" teria que voltar outro dia, caso contrário seria possível estampá-la de imediato. Felizmente não tinha nenhum "A", o nome que quis estampar nessa camisola, mas pensei que acabarem os "A" nessa altura era algo perigoso para a quantidade de nomes que necessitam dessa primeira letra do abecedário ocidental.

No final do ano quando tivermos números oficiais das camisolas vendidas do Benfica com o nome Aimar ou com qualquer outro nome, ninguém se lembrará destes 10 dias onde não se prestou esse serviço de estampagem, e provavelmente não levará a Adidas à falência mas não deixa de ser "pensar pequeno" num "clube tão grande".

No final da tarde ao ver o Aimar com a camisola "10" e com o nome "Aimar" estampado na parte de trás, pensei que talvez o tempo todo que demorou a contratação tenha sido o tempo necessário a levarem a nossa camisola a qualquer outro país para poder ser estampado estas tão importantes 5 letras.

No entanto, gostava de perguntar ao senhor que trabalha na loja Adidas do Benfica o que é que o Aimar tem a mais que eu para já ter a camisola 10 com o seu nome estampado e como é que ele a conseguiu? Connections, connections...

Força Benfica

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ainda Carlos Martins...

Escrevi aqui no blog há uns dias atrás que discordava dos valores mensais que o Benfica tinha acordado com Carlos Martins e expliquei de forma detalhada tudo o que pensava e penso (ver texto "As novelas do director desportivo Rui Costa"). No entanto lendo o blog vizinho "Benfica até morrer" fiquei a saber (e tendo em conta que a história recambolesca só pode ser verdadeira) que o FCPorto quis ficar com o jogador e que lhe fez uma proposta de última hora com "valores anormais", ao que o jogador recusou no imediato mantendo o acordo que tinha selado verbalmente com Rui Costa.

Independentemente da sua atitude de louvar, considero que 1 500 000 euros/ano por 5 temporadas é um exagero para um jogador com o historial do Carlos Martins. Espero que em Dezembro esteja já a dar razão ao Rui Costa na aposta pessoal que fez neste jogador. Gosto do jogador, vejo-lhes potencialidades técnicas muito acima da média, mas os comportamentos recentes disciplinares no campo e fora dele teriam que ser utilizados a favor do Benfica. Se isso significaria perder o jogador, então na dúvida, dou eu próprio o benefício da dúvida ao Rui Costa pelo ordenado milionário que assinou com Carlos Martins. Que não se engane nesta sua aposta pessoal. Assim esperamos, e se por acaso se enganar nós perdoamos todos os enganos de principiante ao Rui Costa, porque terá hoje e sempre mais qualidades que defeitos.

Força Benfica

O Cachecol Personalizado

Todos nós recebemos um cachecol personalizado com o nosso nome depois de termos renovado o nosso cativo. Bem, todos nós não porque o prazo de renovação foi alargado o que significa que a percentagem de renovações não foi tão alta como esperávamos.

Nem com o cachecol personalizado a direcção conseguiu que todos renovássemos os nossos cativos. É pena, porque em quase 200 000 sócios, não há 30 000 que compram cativo, o que é preocupante para um clube que quer chegar (e chegará) a altos patamares nacionais e europeus nos próximos anos.

Nós temos uma envolvente social complicada e é mais fácil ter sócios em todo o país, em todo o mundo, mesmo que distantes da catedral, que ter cativos fiéis em todos os jogos em casa. Isso parece-nos a todos óbvio. No entanto, há razões que contribuem para esta pouca motivação em correr para a renovação do cativo para a época 08/09.

A principal razão tem a ver com a parte externa ao clube e com a crise enorme que se abate sobre Portugal e Europa - se bem que com o mal da Europa podemos todos nós benfiquistas bem... É óbvio que apesar da paixão ser forte e maior que tudo, há necessidades básicas prioritárias para muitos dos que amam o clube.

Segundo porque mesmo com dinheiro disponível, o quarto lugar do ano passado não motiva todos a renovar esse cativo.

Terceiro, porque esta novela UEFA/Champions desgasta e envolve o Benfica numa imagem negativa que em nada dignifica o clube.

Quarto porque até hoje, não tinhamos uma única contratação realmente estimulante - a não ser a do próprio Quique Flores.

Haverá mais razões para o alargamento do prazo de renovação de cativos (tempo de férias para alguns, perguiça de outros) mas a verdade é que todas estas razões estão agora fora de timing. Agora com equipa técnica forte, com a decisão da UEFA definida, com a equipa bem reforçada, com a estabilidade que necessitamos, estão reunidas as condições para a plena renovação de todos os cativos da época transacta.

Depois de chegarmos realmente aos 200 000 sócios (e apesar de estarmos a 2/3 do que o nosso presidente sonhou) é altura de começar a equacionar soluções para que o nosso estádio tenha uma taxa de ocupação com cativos na ordem dos 60% - à volta de 40 000 lugares. A verdade é que essas soluções não são fáceis nem miraculosas e dependem muito da tal envolvente emocional só possivel se bem catapultada com vitórias. Que o ciclo se inicie desde já.

Nesse dia, quando tivermos 40 000 cativos na primeira jornada da liga, o Benfica dá um passo de gigante no tal sonho de conquista crescente da Europa que todos nós desejamos - e ainda podemos ganhar um cachecol personalizado com o nosso nome.

Como acabou ontem o prazo de renovação, a apartir de hoje estão disponíveis todos os cativos que sobraram dessa renovação, podendo adquiri-lo de várias formas, mas sem o tal cachecol personalizado. Não fará falta...

Força Benfica