Disse aqui há meses esperava que "dispensassem quem está a mais e que contratassem menos e bons" para este ano termos hipóteses de voltar a ser competitivos.
Quanto ao "contratar bem", penso que estamos a 65% do caminho e quanto ao "dispensar melhor" penso que estamos ainda no começo.
Como princípio sou contra as equipas com 70 jogadores espalhados por vários pontos do mundo. Eu entendo que o futebol moderno é feito de oportunidade e ter jogadores que representam uma boa oportunidade de negócio ligados ao Benfica e poder emprestá-los para ver como actuam e com a porta aberta a uma eventual entrada na equipa pode ser algo vantajoso nalguns casos. No entanto esses "alguns casos" são raros e não justificam esta opção como uma prática corrente na gestão desportiva do Benfica.
Ou seja, emprestar o André Carvalhas, o Miguel Vitor (este ano já se verá se fica ou não), o Fábio Coentrão, o Romeu Ribeiro, o Miguel Rosa, (para não falar do Nelson Oliveira que é demasiado novo sequer para ser emprestado) parece-me acertado e representa emprestar alguém que teve formação no Benfica e que neste momento só tem de afinar pequenos detalhes para serem jogadores do plantel sénior dentro de pouco tempo - 1 a 2 anos. Tal como o Rui Costa fez no Fafe no inicio de carreira. Neste particular estou totalmente de acordo com as dispensas "controladas".
No entanto, com a contratação de vários jogadores júniores/juvenis estrangeiros (mesmo para a nossa formação), com a contratação de jogadores seniores directamente talhados para a dispensa (como o caso recente deste novo Aissa), com a contratação de vários jogadores que se sabe que não servirão de todo, só com o objectivo de poderem ser utilizados como moeda de troca em futuros negócios, penso que o Benfica arrisca demasiado no tal objectivo de em tantos jogadores ter 2/3 que um dia entrem a sério no plantel sénior.
Rui Costa terá tempo - aqui tempo significa mesmo 3 a 5 anos - para colocar o seu cunho pessoal neste importante item mas no imediato há jogadores de classe - Freddy Adu será o caso mais escandaloso este ano, mas daqui a umas horas poderão existir outro casos de dispensas e permanências polémicas - que terão de sair do Benfica porque não há espaço para 40 jogadores quando o plantel deverá ter 26.
E aqui entra outro problema que é a gestão de interesses entre o Benfica, os jogadores dispensados e os clubes que querem esses jogadores. O Benfica pode querer que o jogador actue num determinado clube e o jogador ter outras ideias. Estamos a falar de pessoas com sonhos reais de jogar no Benfica e na sua maioria com pouca noção de realidade.
O ano passado o caso do Binya foi emblemático. Tínhamos um jogador no Estrela da Amadora (com o nome de Gilles) que não serviria de todo para o Benfica de Fernando Santos e acabou por ser repescado porque encaixava no modelo de jogo e no espírito que José António Camacho queria para o Benfica, muito diferente do que quer Quique Flores.
Provavelmente, e tendo em conta que Quique Flores assinou por 2 anos mais um de opção, Binya não será chamado por este treinador nos próximos tempos. Então o que será mais vantajoso para o Benfica? Vendê-lo definitivamente e deixar de suportar qualquer parte/totalidade do seu ordenado ou dispensá-lo com a esperança que um dia Quique Flores o queira de novo? (Atenção que tomo o exemplo de Binya, sem saber se será ou não dispensado. É apenas um exemplo, tal como Adu que ainda não sei se será ou não dispensado).
Nestes casos "cada caso é um caso" mas Rui Costa terá muito trabalho em colocar todos estes jogadores e gerir cada um destes processos no imediato e nos próximos anos, porque na sua maioria são jogadores que representam um ónus salarial considerável no final de cada mês e jogadores com vários anos de contrato.
Como é que este problema se resolve nos próximos anos ? Para mim de forma muito simples. "Contratar bem e dispensar melhor". Se Rui Costa colocar esta premissa na sua gestão desportiva, o Benfica terá menos jogadores emprestados e os que emprestar serão jogadores que terão de rodar entre os últimos anos de júniores e os primeiros de seniores.
Até lá, esperamos pelas próximas horas para confirmar quem serão dispensados por empréstimo e quais serão dispensados de forma definitiva - como João Coimbra, Paulo Jorge e Manu.
Força Benfica
Quanto ao "contratar bem", penso que estamos a 65% do caminho e quanto ao "dispensar melhor" penso que estamos ainda no começo.
Como princípio sou contra as equipas com 70 jogadores espalhados por vários pontos do mundo. Eu entendo que o futebol moderno é feito de oportunidade e ter jogadores que representam uma boa oportunidade de negócio ligados ao Benfica e poder emprestá-los para ver como actuam e com a porta aberta a uma eventual entrada na equipa pode ser algo vantajoso nalguns casos. No entanto esses "alguns casos" são raros e não justificam esta opção como uma prática corrente na gestão desportiva do Benfica.
Ou seja, emprestar o André Carvalhas, o Miguel Vitor (este ano já se verá se fica ou não), o Fábio Coentrão, o Romeu Ribeiro, o Miguel Rosa, (para não falar do Nelson Oliveira que é demasiado novo sequer para ser emprestado) parece-me acertado e representa emprestar alguém que teve formação no Benfica e que neste momento só tem de afinar pequenos detalhes para serem jogadores do plantel sénior dentro de pouco tempo - 1 a 2 anos. Tal como o Rui Costa fez no Fafe no inicio de carreira. Neste particular estou totalmente de acordo com as dispensas "controladas".
No entanto, com a contratação de vários jogadores júniores/juvenis estrangeiros (mesmo para a nossa formação), com a contratação de jogadores seniores directamente talhados para a dispensa (como o caso recente deste novo Aissa), com a contratação de vários jogadores que se sabe que não servirão de todo, só com o objectivo de poderem ser utilizados como moeda de troca em futuros negócios, penso que o Benfica arrisca demasiado no tal objectivo de em tantos jogadores ter 2/3 que um dia entrem a sério no plantel sénior.
Rui Costa terá tempo - aqui tempo significa mesmo 3 a 5 anos - para colocar o seu cunho pessoal neste importante item mas no imediato há jogadores de classe - Freddy Adu será o caso mais escandaloso este ano, mas daqui a umas horas poderão existir outro casos de dispensas e permanências polémicas - que terão de sair do Benfica porque não há espaço para 40 jogadores quando o plantel deverá ter 26.
E aqui entra outro problema que é a gestão de interesses entre o Benfica, os jogadores dispensados e os clubes que querem esses jogadores. O Benfica pode querer que o jogador actue num determinado clube e o jogador ter outras ideias. Estamos a falar de pessoas com sonhos reais de jogar no Benfica e na sua maioria com pouca noção de realidade.
O ano passado o caso do Binya foi emblemático. Tínhamos um jogador no Estrela da Amadora (com o nome de Gilles) que não serviria de todo para o Benfica de Fernando Santos e acabou por ser repescado porque encaixava no modelo de jogo e no espírito que José António Camacho queria para o Benfica, muito diferente do que quer Quique Flores.
Provavelmente, e tendo em conta que Quique Flores assinou por 2 anos mais um de opção, Binya não será chamado por este treinador nos próximos tempos. Então o que será mais vantajoso para o Benfica? Vendê-lo definitivamente e deixar de suportar qualquer parte/totalidade do seu ordenado ou dispensá-lo com a esperança que um dia Quique Flores o queira de novo? (Atenção que tomo o exemplo de Binya, sem saber se será ou não dispensado. É apenas um exemplo, tal como Adu que ainda não sei se será ou não dispensado).
Nestes casos "cada caso é um caso" mas Rui Costa terá muito trabalho em colocar todos estes jogadores e gerir cada um destes processos no imediato e nos próximos anos, porque na sua maioria são jogadores que representam um ónus salarial considerável no final de cada mês e jogadores com vários anos de contrato.
Como é que este problema se resolve nos próximos anos ? Para mim de forma muito simples. "Contratar bem e dispensar melhor". Se Rui Costa colocar esta premissa na sua gestão desportiva, o Benfica terá menos jogadores emprestados e os que emprestar serão jogadores que terão de rodar entre os últimos anos de júniores e os primeiros de seniores.
Até lá, esperamos pelas próximas horas para confirmar quem serão dispensados por empréstimo e quais serão dispensados de forma definitiva - como João Coimbra, Paulo Jorge e Manu.
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