quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Adjunto

Para terminar de vez a questão de Quique Flores (e numa altura em que já todos criticámos e aplaudimos alguns dos seus pontos fortes e pontos fracos), é altura de fechar o ciclo com elevação e inteligência.

Uma das criticas que mais fazem a Quique Flores é o facto de ele ter colocado de lado Chalana e Diamantino, quando pelo contrário devia ter ouvido mais estes técnicos tão conhecedores do futebol Português. Eu discordo desta opinião e explico desde já porquê. Escrevi aqui no dia 14 de Maio de 2008 a propósito do nosso novo treinador e sobre Diamantino o seguinte:

"Não podemos deixar que saiam na Imprensa nomes todos os dias - Quique Flores é o próximo - porque isso torna o novo treinador do Benfica numa aparente segunda, terceira ou quarta escolha. Como também não se pode estar a contratar treinadores adjuntos sem saber o nome do treinador principal - diz se que Diamantino está contratado mas prefiro pensar que se trata de especulação jornalística. Lembro que José Mourinho nunca aceitou o nome de Jesualdo Ferreira para adjunto e custa me a acreditar que ainda queiram impor treinadores adjuntos "da casa" sem terem escolhido ainda o treinador principal."

Esta frase que escrevi há mais de um ano faz todo o sentido doze meses depois. Não admito que me digam que Quique Flores fez mal em ter colocado Diamantino e Chalana de lado. Com o devido respeito por quem de mim discorda, eu penso que um adjunto é sempre alguém que é o próprio treinador que escolhe e Fran Escriba foi um bom adjunto bem coadjuvado por Pako Ayestaran. Quando se chega a um país novo é normal que na estrutura exista alguém mais familiarizado com a equipa, com a história do clube ou com a massa associativa. Até aqui tudo bem. O que não se deve fazer é impor essa escolha sem perguntar ao líder o perfil de pessoa que esse líder prefere.

Ou seja, para mim está claro que quem teria que escolher essa pessoa seria Quique. Antes de se ter contratado Diamantino, devia-se ter colocado a opção a Quique de escolher essa pessoa duma short list com vários nomes pela razão muito simples de que nem todas as boas pessoas são compatíveis com outras boas pessoas. Acreditando que Diamantino e Chalana são boas pessoas e até podemos afirmar que são bons técnicos (no plano teórico para facilitar análises) o que garante que Quique ia ter com eles boa química, boa dinâmica de trabalho ou ideias similares?

Só quem nunca geriu ou nunca teve que lidar com escolhas - quando se escolhe perde-se sempre algo - pode dizer que Quique deveria ter dado mais atenção a Diamantino ou a Chalana. O que Rui Costa devia ter feito era dar um leque de nomes que Quique poderia escolher - porque não vendo o seu curriculum, com uma entrevista, com um almoço, com uma pequena conversa - para sentir quem poderia encaixar melhor no perfil que ele elege.

Não o fazendo e impondo esses nomes a Quique, ele pode obviamente não ter com esses treinadores a química necessária para funcionarem no plano profissional. Isto é a minha opinião fria e calculista e não enfatizada pela paixão clubistica que só tem bem a dizer de cada um dos excelentes jogadores que foram Diamantino e Chalana.

Neste momento que se fala tanto de Jesus seria bom pensar em quem é o adjunto - pensando que ele traz a sua equipa técnica - da casa que o acompanhará. Será Diamantino, Chalana, ou ele prefere Mozer, Álvaro Magalhães, João Alves (que está nos juniores)? Eu não prefiro nenhum e coloco estes nomes com objectivo claro de afirmar que só uma pessoa o tem de escolher - Jesus.

Digo Jesus, com base no que se vai dizendo e não dizendo. Numa altura em que os comunicados na nossa página aparecem a toda a hora, se fosse mentira que Quique não estaria de partida já existiriam comunicados que o desmentissem. Se Jesus fosse apontado ao Benfica sem o mínimo de verdade já se teriam emitido comunicados nesse sentido, logo antevejo que Quique esteja mesmo já fora e o senhor Jesus a caminho do nosso banco de suplentes.

Como disse a semana passada na antevisão ao jogo de Braga não foi difícil de adivinhar que o senhor Jesus iniciaria o seu calvário de derrotas precisamente contra o Benfica e continuará esta semana com mais uma derrota nas Antas. Se na semana passada lhe chamei "Inimigo Número 1" (por razões óbvias) esta semana já o verei com olhos mais claros de nosso treinador e vou torcer por uma vitória ou empate que seja nas Antas.

Quem será o seu adjunto? Quem será o adjunto que lhe ensinará a Mística Benfiquista? Quem conseguirá que ele sinta o Benfica como seu, mesmo sabendo que é um Sportinguista assumido ?

Diamantino ou Chalana serão bons nomes? Se Jesus os escolher sim, se os quiserem impor, não...

Será assim tão difícil de entender?

Apesar de todas as críticas a Quique, tenho visto vários fóruns e blogs onde se pergunta quem deveria ser o próximo treinador do Benfica e invariavelmente Quique ganha em todas as sondagens. Este resultado não deixa de ser estranho, ou talvez não. Até ao jogo contra Nacional da Madeira em casa (Dezembro de 2008) ninguém ousou questionar nada a Quique. A partir daí foi tudo mau e tudo passou a ser contestável. Sinceramente com toda a confusão que paira nas noticias, na imprensa e nas pré candidaturas, eu acredito no tal trabalho invisível que fala Quique.

Acredito que em vez das 10 contratações do último defeso - Aimar, Suazo, Reyes, Balboa, Jorge Ribeiro, Sidnei, Yebda, Carlos Martins, Urreta, Ruben Amorim - desta vez se faça a coisa com metade e com um ou outro júnior que passe para o plantel principal . Gosto de ver toda a organização a trabalhar em Maio pensando com tempo numa próxima época que até à ultima semana de Outubro será tudo menos calma.

Precisamos de um tanque para blindar o nosso futebol de toda a tinta que vai correr a propósito de eleições. Quanto mais depressa se fechar o plantel - vendas e compras - melhor nos vai correr o ano.

Até lá basta ir assistindo a todo o alvoroço de fim de época, aplaudir quem sai, apoiar quem entra e esperar que o adjunto da casa escolhido por Jesus ajude a blindar o plantel e equipa técnica de todo e qualquer ruído. Todos serão poucos...

Força Benfica

domingo, 17 de maio de 2009

O Inimigo Número 1

Para mim, ganhar hoje em Braga é um ponto de honra. Estive com o Quique desde a primeira hora e sei que se este nosso treinador tivesse tido o apoio certo nas horas certas, muito provavelmente hoje estaríamos a lutar por algo mais que a manutenção do terceiro lugar. Agora que as despedidas estão na fase final, resta a Quique e aos seus jogadores serem dignos da nossa camisola. Espero uma vitória porque gostava que Quique se despedisse de Portugal com duas vitórias, contra as duas ex-equipas do proclamado novo treinador encarnado - Braga e Belenenses.

Por esse motivo, considero que Jesus é hoje o nosso Inimigo Número 1, como foram todos os restantes treinadores das outras 13 equipas. Não vejo nenhum tipo de outro sentimento que ódio absoluto a quem representa as cores arsenalistas do nosso adversário de hoje. Este ódio é desportivo - obviamente - porque na parte pessoal a palavra ódio faz pouco sentido num jogo de futebol.

O que também faz pouco sentido é acreditar que ao fim de 9 treinadores em 9 anos, alguém se lembre de propor contratos de 2 anos a treinadores que se as coisas não correm bem, saem no final da primeira época. Também faz pouco sentido acreditar em projectos com gente que conhece a palavra projecto do inglês project finance que nós tão bem conhecemos da parte administrativa/financeira. Faz também pouco sentido querer ver neste duelo Braga-Benfica o duelo entre o passado e o futuro do nosso clube. Hoje vai ser mais um jogo que representa o presente, mas com a diferença da pressão estar do lado do Braga. Se realmente for verdade o que se diz sobre Jesus já ter assinado pelo Benfica - que eu não acredito, apesar de acreditar que seja ele, o eleito do Presidente Vieira - pode ser que o feitiço comece já a ter efeito e que o Benfica até saia de Braga com uma vitória esclarecedora.

Dizem que o Benfica é um cemitério de treinadores, mas muitos ressuscitam depois de passar pela Luz. Hoje espero que esse efeito Benfica comece a fazer efeito no Jesus e que ele comece já a sentir o travo amargo da derrota. Depois em Julho que ganhe, mas até ver é o Inimigo Número 1 e não tenho por ele nada mais que autentico desprezo. Desprezo desportivo, obviamente...

Força Benfica

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Onde estavas no 6-3?

Eu estava há exactamente 15 anos em casa dos meus pais a contar os minutos para o inicio do jogo. Estava nervoso e com algum medo, tal a euforia dos sportinguistas na certeza que a vitória confirmaria o título a verde.

Tinha um convite para ver o jogo em casa dum amigo lagarto e achei que devia ficar em casa da família a ver o que se passava. Sei que sofri bastante nessa primeira parte histórica onde jogámos à defesa mas onde marcámos três golos.

Ao intervalo decidi ir ver a segunda parte na tal festa mas com alguns (muitos) Benfiquistas. Fui de carro e ouvi o golo do Isaías no relato (2-4) chegando a essa festa no segundo golo de Isaías (2-5) aos 57 minutos. Festejei o golo e os golos seguintes na certeza que o campeonato não nos fugia, como não fugiu em Braga quando ganhámos numa quarta feira e festejámos depois em casa com Guimarães. No momento da vitória, pensei no meu colega Benfiquista de sempre, que decidiu arriscar apanhar a molha da sua vida e acreditar que a vitória seria nossa. Ele foi ao estádio e até hoje não me perdoo ter sido tão "menino" ao decidir ficar-me por casa.

Nessa noite fria e chuvosa há exactamente 15 anos (14-05-1994) alguém colocou um filtro encarnado no monumento da cidade de forma espontânea e reveladora do espírito geral dessa histórica noite.

Já foi há 15 anos... Depois desse célebre jogo e duas semanas depois de Barcelona ganhar em Madrid por 2-6 é bom relembrar que nós também já fizemos semelhante feito.

Não gosto de comemorar passados, mas neste caso com 15 anos de distância sei que já é tempo suficiente para olhar para este aniversário com saudade e ao mesmo tempo com esperança renovada.

Como diria o amiga Baptista Bastos a propósito do 25 de Abril de 1974, pergunto "Onde estavas no 6-3?"

Força Benfica


O Comunicado

Eu tenho sido crítico do trabalho de João Gabriel mas é importante sublinhar que não tenho nada contra a pessoa. Aliás, nem podia ter pela simples razão que não o conheço. O que acho é que o seu trabalho no Benfica não está a servir a Instituição.

Eu entendo que não é fácil controlar uma comunicação social sedenta de "novas noticias" sobre o Benfica, mas parece-me que alguém tem que ir gerindo as noticias com inteligência, definindo a agenda dos media "de dentro para fora" e não esperar que os media decidam de "fora para dentro".

Sendo esses media uns autênticos "animais sedentos" a única maneira de ter esses animais controlados é servir-lhes as noticias que nós queremos. É a única maneira. Quando não se diz claramente que Quique Flores fica em tempo oportuno, está-se sujeito aos timings e sugestões da imprensa. Apesar de tudo, penso que estes nossos media foram absolutamente calmos e serenos esperando que tudo ficasse resolvido na frente para atacar o final de época com nomes de possíveis reforços na equipa técnica e no plantel.

O Benfica responde a essas sugestões com um comunicado no site. Eu chamo-lhe O Comunicado... Diz o seguinte:

Comunicado

Em face das notícias publicadas na imprensa de hoje e que, na sua imensa variedade, percorrem situações tão diversas como reuniões, contratações, vendas ou renovações, a Sport Lisboa e Benfica, Futebol SAD esclarece que todas elas só se entendem numa lógica de uma comunicação social cada vez mais dependente do mercado, lamentando, igualmente o carácter especulativo das mesmas.

É neste cenário que todas elas devem ser lidas e entendidas. Nem todas as notícias são inocentes, nem todas as fontes são desinteressadas.

Este Comunicado aparece no dia 12 de Maio - depois de se falar das hipóteses Jesus e Scolari nos vários media. Eu pergunto de forma humilde... Alguém entende este comunicado? Este Comunicado, comunica ou explica alguma coisa? Alguém pode dizer ao ler este comunicado "Muito Bem" como se exclama nas bancadas politicas quando alguém diz algo um pouco mais inteligente ou populista? O Comunicado é apenas isso... Um Comunicado que diz pouco e deixa muito no ar. Podiam ser umas frases dos nossos tempos adaptadas a várias áreas sociais que o resultado seria o mesmo. Mas posso ser eu que não atinja o que é visível para todos os inteligentes cá do burgo. Se assim for desculpem-me pela minha pouca sensibilidade em Comunicados.

No dia seguinte - 13 de Maio - aparece outro comunicado:

Comunicado

Lamentável

É cíclico, é intencional, mas fundamentalmente é falso. Esta é a realidade de algum jornalismo que, mais do que factos, prefere a ficção. E é esta procura sensacionalista e distorcida, esta tendência pela especulação mais básica, sem qualquer respeito pelas normas deontológicas que regem a profissão, que está a matar a credibilidade de alguma imprensa.

Mas, como isto é cíclico, intencional e falso, o Correio da Manhã, na sua edição de hoje, fala de um “choque”. O chocante mesmo é ver em que mãos andam algumas carteiras profissionais de jornalistas e verificar a intencionalidade e periodicidade com que este jornal publica notícias provocatórias e sem qualquer fundamento. Se o sócio puder evitar comprar este tipo de imprensa garantidamente passará a andar mais bem informado!

A verdade é que eu não compro o Correio da Manhã. Nem ontem, nem hoje nem amanhã. Sendo assim e apesar de não comprar essa autentica bíblia de mau jornalismo - característica que mantém inalterada há décadas num posicionamento sem precedentes no mercado editorial nacional - tenho por hábito de ver o site do Glorioso. Lendo O Comunicado sem o teor das afirmações que vêm proferidas no dito jornal, acabo por não entender o que esse Comunicado quer expressar.

Dois comunicados em dois dias sem nenhuma importância comunicacional. Importante, importante era o Benfica dar pouco importância a estes jornalecos e preocupar-se mais em resolver e anunciar cenários que não deixem espaço para grandes invenções nesses mesmos jornais.

Por falar em invenções, ainda antes de se ter despedido Quique ou assinado com o novo treinador aparecem confirmações de Álvaro Pereira para lateral esquerdo e da hipótese Quaresma para o Benfica. Penso que a hipótese Quaresma pode ser piada mas a verdade é que foi comunicada num meio que se pensa credível a julgar pelo passado recente (e menos) recente - A Bola.

Também n'A Bola aparece um Comunicado que só pode ser uma anedota. Eu tenho me mostrado sensível e positivo a conhecer todas as candidaturas que possam aparecer à liderança do Benfica. Uma delas, a quem já dediquei um texto aqui, está a apresentar as suas primeiras ideias concretas. Já são três ideias muito reais que me fazem acreditar que este senhor Bruno Carvalho pode ter jeito para muita coisa, mas não é extremamente criativo.

Diz ele que quer antecipar as eleições. Eu sou contra... Dizem alguns (não eu) que não pode ser candidato porque só é sócio correspondente há 5 anos e efectivo apenas há 1 ano - ninguém se preocupa em perguntar o que é que faz um homem de 40 anos "Benfiquista dos sete costados" só ser sócio do Sport Lisboa e Benfica apenas aos 35 anos? Hoje finalmente este candidato emite o seu Comunicado.

Diz-se n' "A Bola":

"Bruno Carvalho quer ser ouvido na escolha do novo treinador caso as eleições não sejam antecipadas para Junho. Sustentando que não é certa a vitória de Luís Filipe Vieira em Outubro, pede ao líder do clube que o informe das suas intenções, «para que em conjunto possam ser decididas as opções a tomar em relação à equipa de futebol». «Se não o fizer, existe o risco de uma nova Direcção herdar os compromissos assumidos integralmente por Filipe Vieira e ter de gerir o clube segundo opções que não foram as suas», pode ler-se em comunicado. Para Carvalho, o actual executivo encontra-se «ferido na sua legitimidade decisória» e pede «eleições antecipadas» para Junho. Para que os sócios se pronunciem sobre os destinos do clube «antes da nova temporada".

Mas o que é isto? A sério... Senhor Bruno Carvalho, o que vem a ser isto? Quer escolher o novo treinador? Também eu quero. Eu e mais 6 milhões. Mas só há uma pessoa que vai fazer essa decisão e depois submeter-se ao julgamento popular na ultima semana de Outubro - a única que está estatutariamente definida há muito tempo para eleições no clube.

Se aceita um conselho de alguém que não lhe quer mal (nem bem) pense que o Benfica é o maior clube do mundo, que é um clube ecléctico, que tem um project finance em curso, que tem problemas sérios que precisam de soluções criativas, que precisa de criativos que pareçam sérios e lembre-se que os sócios não são parvos pois para parvos já bastam alguns jornalistas, como provam as últimas noticias. Seja sério. Seja sério. E se não for sério, faça por parecer, porque o Benfica agradece e lembre-se que a razão principal que as eleições são em Outubro é porque alguém mais inteligente que eu ou você, pensou que eleger uma direcção num clube como o Benfica é muito mais que escolher um treinador...

Eu também agradecia à minha direcção que a partir de agora fosse o mais séria e determinada em fazer bem o que não tem conseguido fazer nas últimas semanas do campeonato. Nós merecemos. Sem querer meter pressão, os senhores de azul estão a quatro títulos do Glorioso e se ganharem a Taça de Portugal ficam a 1 ano de apanhar o Benfica, passando para o clube nacional com mais títulos. Não será isto suficiente para acabar a brincadeira no futebol e focar no que é realmente importante - um projecto estável, bem gerido, bem controlado e com resultados ?

Nós também achamos que sim. Então Comuniquem-nos algo novo e inovador. Que tal um treinador assinar três anos e ter uma clausula de rescisão de 500 milhões de euros para se convencerem que mudar todos os anos de treinador não serve?

Melhor 600 milhões de euros porque como no Benfica os contratos são para cumprir não há perigo do contrato ficar a meio...

Pela enésima vez, organizem-se meus caros, organizem-se e acertem... Na música diz-se que "mais vale uma nota desafinada mas sentida que uma nota afinada sem sentimento". No Benfica quando aparentemente se falha - como quando Trapattoni falhou Europa - é importante "fingir" que está tudo bem e dar confiança para dentro e para fora.

Força Benfica

terça-feira, 12 de maio de 2009

A palhaçada mor

Quando há um ano Rui Costa inicia funções no Benfica, Luís Filipe Vieira assume finalmente um papel de menos relevância no futebol. Eu digo finalmente, porque desde que José Veiga saiu da gestão do futebol, Luís Filipe Vieira provou que percebe pouco da matéria, numa opinião consensual e até assumida pelo próprio em determinado momento.

Apesar da esperança num bom trabalho de Rui Costa e do inicio dum novo ciclo, havia qualquer coisa de estranho nesta relação Presidente - Director Desportivo. A relação deles parecia quase a de um "pai" que deixa a empresa ao "filho" durante um tempo, para ver como é que o "filho" se safa. O típico caso do pai de sucesso, "sem estudos" e com o tal faro de negócio, deixa o "filho" com o curso de gestão e mais informado das novas realidades da gestão moderna tomar conta da empresa. Obviamente que é uma metáfora mas foi assim que eu vi sempre esta dicotomia Luís Filipe Vieira - Rui Costa.

Por outro lado tínhamos outros players nesta gestão que são os administradores mais perto do "pai" e críticos do filho que "é verde e sabe pouco do ofício". Isto podia muito bem ser o quadro há um ano quando Rui Costa entra na gestão desportiva do futebol encarnado.

Em ano de eleições, a administração lança o "filho pródigo" às feras, tentando que ele sozinho safe a sua próxima eleição exactamente no seu ponto mais fraco - a gestão desportiva do futebol profissional.

Pois bem, Rui Costa entra e define um projecto claro. Revolução no plantel, aposta na juventude e contratação dum técnico para duas temporadas "independentemente dos resultados e performance desse técnico" porque o importante era a estabilidade dum projecto e o criar condições para que o Benfica mesmo não ganhando, invertesse o ciclo de rodopio de treinadores. A estratégia de Rui Costa era clara. Mesmo que Quique Flores não continuasse depois de duas épocas, o treinador que se seguisse teria todas as condições para aproveitar uma estrutura, um plantel, uma liderança para colocar o Benfica na rota das vitórias.

Este era o plano no papel. E é (era) um bom plano. Acontecesse o que acontecesse nesta época, o Benfica ia ter um treinador no mínimo por dois anos e um plantel que depois duma revolução ia ter um ou outro ajuste nas próximas temporadas através de compra de mais jogadores nacionais - assumido por Rui Costa como objectivo - e um maior aproveitamento das camadas jovens, de que Miguel Vítor é o primeiro exemplo.

Pois bem. No último jogo do ano 2008 o Benfica mudou. Estávamos 1 ponto à frente de FCPorto e recebíamos o Nacional da Madeira. Se ganhássemos esse jogo ficávamos 4 pontos à frente do segundo classificado - FCPorto e Leixões. Com esta vitória dávamos um passo de gigante para a estabilidade que necessitávamos em 2009. Eu inclusivamente tinha aqui escrito várias vezes que chegar atrás do primeiro classificado 2 ou 3 pontos no inicio de 2009 seria algo positivo tendo em conta a estruturação que o Benfica tinha iniciado em Julho de 2008.

A verdade é que depois desse empate fantasma - aquele golo anulado ao Benfica marca a época - perdemos na Trofa e quando vamos a Belém ser novamente roubados, comecei a temer o pior mas fui ao Porto a pensar que se ganhássemos no Dragão podíamos voltar a sonhar. Aí o Benfica faz a sua melhor exibição em 2009 e voltámos a ser prejudicados num penalti que definitivamente não existiu. Apesar do empate pensou-se que ainda estávamos na luta pelo título mas na cabeça dos nossos jogadores, todo o bom esforço feito na primeira volta estava neste momento a esfumar-se...

Aqui era importante ter a tal estrutura coesa e com uma voz de comando. Na minha opinião essa voz não existe muito por culpa do tal "pai" e "filho" com objectivos e planos diferentes. Aqui começa Luís Filipe Vieira a ver a "vida a andar para trás" e quando se entra no ciclo negativo de Guimarães, Académica, Nacional e Trofense - só ganhámos a Setúbal, e a sofrer ao Marítimo por 3-2 - faltou claramente voltar a recordar o tal "papel" que definia o projecto a dois anos.

Quando o Presidente vem a medo dar uma conferência de imprensa de apoio ao treinador e só lhe sai um simples "os contratos no Benfica são para cumprir" roçou o ridículo. Aqui só havia uma coisa a fazer - ou despedir Quique ou dar um voto de confiança inequívoco. Não podia ser doutra forma. Quem sabe de futebol entende que um treinador fragilizado nas mãos dos jogadores é um fantoche. Quando um treinador tem os jogadores descontentes porque todos já foram ao banco mais do que previam (como aconteceu com a maior parte dos nossos jogadores do plantel), só há uma maneira de equilibrar as coisas que se resume a dar total apoio à estrutura técnica. Isto vem nos livros. Não despedindo ou não dando apoio inequívoco sentiu-se logo que o Benfica estava à deriva. Mas à deriva numa guerra interna com vários players - administradores, presidente e director desportivo - para já não falar na opinião do director de comunicação e director jurídico que apenas devem falar e aparecer para comentar as suas áreas de actuação e nada mais.

Sendo assim, agora começam a aparecer os tais nomes que afinal sempre fizeram sentido. Uns dizem que é Scolari - que de projectos, meus amigos, percebe nada - e outro dizem que é Jesus.

Na edição de "A Bola" hoje vêm as seguintes frases:

"Convencer... Rui Costa
A entrada de Scolari na Luz tem, ainda assim, um entrave que terá necessariamente de ser limado: desde a saída de Rui Costa da Selecção Nacional que a relação entre o maestro e o treinador brasileiro não é a melhor, mas tudo indica que se o nome de Scolari for consensual entre os restantes elementos da administração da SAD não será Rui Costa a vetar a sua entrada."

Mas alguém acha que isto faz algum sentido????? Então é a administração que define o chefe do futebol e Rui Costa (que é chefe do departamento) tem de ser convencido???? Meus caros amigos, e que papel desempenha esse papel?? Sim, esse papel que falava de projecto, de estabilidade, a preparação da equipa em duas épocas para ganhar nas seguintes, a formação, a juventude? Scolari não tem nada disto. Eu que apoiei Scolari na selecção e que acompanhei todo o Euro 2004, todo o Mundial 2006 e todo o Euro 2008 in loco sei do que falo. Scolari não serve para as exigências do projecto e do tal papel que Rui Costa definiu há exactamente 12 meses atrás.

E quem fala de Jorge Jesus? Diz-se no jornal "A Bola" hoje:

"Opção Jesus

Os nomes na lista da SAD encarnada não se restringem a Luiz Felipe Scolari. Bem posicionado está também... Jorge Jesus, treinador do Sp. Braga, adversário que a equipa encarnada irá defrontar no próximo fim-de-semana. O técnico português já esteve na lista de preferências na época passada, mas a escolha de Rui Costa acabaria, então, por recair no espanhol Quique Flores.

Jorge Jesus é nome que não desagrada a Luís Filipe Vieira, que não hesitará em tentar convencer o português se não conseguir o desejado acordo com Scolari. Mas igualmente no caso de Jesus o presidente encarnado terá de convencer primeiro o director desportivo, que há um ano, reafirme-se, vetou a sua entrada."

Então mas se o Rui Costa vetou a sua entrada o que é que se alterou no tal papel de Rui Costa para agora ele aceitar o treinador que afinal o "pai"e seus compinchas da administração sempre quiseram? Sinceramente e com todo o respeito que a direcção do Benfica me merece pergunto:

Afinal, que palhaçada vem a ser esta?

Para baralhar mais as contas da desorientada gestão administrativa encarnada, sai hoje uma sondagem que afirma que 54,4% considera que o técnico do Benfica deve continuar o que mostra que afinal o terceiro anel já está com mais "filhos" que "pais". As sondagens valem o que valem mas em 1023 entrevistas com um grau de probabilidade de 95%, tenho que aceitar como credível a amostra e até credível as respostas, tendo em conta que esses mesmos inquiridos respondem que a maior culpa dos resultados do Benfica passam mesmo pelos jogadores (46,9%)

"A administração da SAD não sai livre de responsabilidades, pois 19,6 por cento dos portugueses consideram que são os dirigentes quem mais culpa tem no processo" o que faz com que 66,5% dos inquiridos culpe jogadores e SAD do Benfica pelos maus resultados.

O que se deve concluir de tudo isto - claro que a sondagem não é aqui importante - é que não há maneira de se voltar a ganhar num futuro próximo. Com Scolari, com Jesus ou com qualquer outro - desde o tempo de Artur Jorge que andamos nisto - o Benfica tem de ser pensado a médio-prazo.

Hoje sei que Quique já se despediu ou já foi despedido. Tudo bem. Foi uma opção tomada há muito tempo, porque se há muito tempo se decidisse apoiar o treinador provavelmente não estávamos em terceiro porque os jogadores sabendo que era ele que ficaria no próximo ano, corriam um pouco mais, mostravam mais atitude, tinham menos rabugens no terreno e amuavam menos. Hoje sei que isso é impossível. Ele vai embora e com ele vai o tal papel bem intencionado que Rui Costa definiu do seu projecto desportivo para o Benfica. Vai o Laboratório de Alto Rendimento, vai a tecnologia adaptada ao Futebol, vai a formação e vai-se embora um ideal. É isso mesmo que se vai embora. Um ideal. Para dar lugar ao ideal da pessoa que menos percebe de futebol na nossa direcção - sim o tal "pai" que no inicio do texto lembrei que percebe pouco de futebol e é antiquado nas formas e infelizmente nos resultados. Sim é esse mesmo, o nosso Presidente.

Parece-me que este será o presidente com mais anos e com menos títulos da nossa História. "Quem não sabe, não mexe..." é uma máxima muito popular, mas que não tem encontrado eco na gestão desportiva do nosso Glorioso. Enfim...

Assim, vamos no bom caminho. Vamos, vamos...

Força Benfica

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Primeiro Aniversário


Há um ano Rui Costa abandonava os relvados numa tarde emocionante no Estádio da Luz. Há um ano resolvia inaugurar este espaço blogosférico e admito que tenho gostado da experiência, especialmente por ser algo isolado e onde escrevo sozinho e para mim. Escrevo para mim sobre a paixão que tenho há muito tempo e faço-o sabendo que cada vez tenho mais leitores, mas sem que isso mude obviamente todas as ideias pessoais que por aqui vou defendendo.

Tenho opinado de vários pontos do país e do estrangeiro, tenho opinado com vários sentimentos, tenho opinado com várias sensibilidades mas apenas com uma ideia individual e muito séria. Sério comigo mesmo. Só assim faz sentido.

Sei que tenho alguns problemas em adaptar-me a este novo meio tecnológico e ainda estou a aprender a maximizar tudo da melhor maneira. Tenho pena de não saber um pouco mais de design, de layout, de packaging electrónico para que este espaço seja um prolongamento (também estético) efectivo das minhas ideias e imagens. Como não tenho tempo para isso, fico-me pelas ideias, que são a essência deste espaço.

Tenho pena de chegar ao primeiro aniversário exactamente no mesmo local onde estava há precisamente um ano. Com um "fim de ciclo" a dar inicio a "outro ciclo novo" sinto-me desiludido e triste. Hoje sei que o Benfica não tem remédio rápido e só espero que a emoção dê lugar à inteligência sob pena de estes novos ciclos não parem de renascer.

Hoje é dia de aniversário e não quero fazer deste, mais um dos (longos) posts com opinião crítica sobre o "Meu Benfica" de fim de época.

Quero cumprimentar quem me lê e agradecer os comentários que me fazem ou os emails que me enviam regularmente; quero agradecer a todos os bloggers vizinhos pelo destaque que me vão fazendo nos seus espaços; quero agradecer ao Benfica pela inspiração infinita.

Força Benfica

domingo, 10 de maio de 2009

Os Amadores

Os Amadores... Bem que podia ser um título de um qualquer filme de autor, mas a verdade é que é apenas e só o título dum modesto post dum blog encarnado desiludido com o que vê neste final de época Benfiquista.

A equipa de futebol é absolutamente amadora, no sentido oposto ao que a palavra profissional encerra na sua génese. Ser profissional é honrar a camisola, honrar o dinheiro que se ganha - muito ou pouco - ter atitude sempre, mesmo que os resultados não sejam motivadores, respeitar quem paga bilhete para os ver jogar e "last but not least" ser honesto com as ideias que defendem.

No final do mês de Janeiro - já depois da deplorável prestação europeia, do afastamento da Taça de Portugal e depois de termos já perdido na Trofa para o campeonato, Yebda confirma a tristeza na hora da derrota e promete coisas ambiciosas para a segunda volta do campeonato.

- "Ficamos tristes. É normal porque queremos ganhar e satisfazer os adeptos. Mas até final da época não sentiremos mais, pois não vamos perder mais qualquer jogo".

Quando li isto desconfiei e pensei que pudéssemos ter uma segunda volta abaixo das expectativas. Na verdade perdemos contra Sporting, Guimarães, Académica e Nacional... Para quem dizia que não ia perder, tivemos bem, sim senhor...

Depois foi o episódio Académica, quando os jogadores do Benfica disseram que queriam vingar-se dos 3-0 do ano passado e que tinham recortes de imprensa nos balneários com palavras provocatórias do jogador adversário Nuno Piloto. Pois no final, mais uma derrota.

Depois da derrota com Académica em casa, soube-se que os jogadores do Benfica tinham cerrado fileiras e garantido internamente que queriam ganhar os restantes quatro jogos do campeonato para mostrar o carácter que alguns adeptos meteram em causa. Desconfiei uma vez mais da atitude dos jogadores mas dei o beneficio da dúvida. O resultado foi claro. Perdemos com Nacional na Madeira e empatámos com o penúltimo do campeonato em casa.

Isto para dizer que todas estas estórias são reveladoras do que para mim é o oposto de total profissionalismo. Dizem que "se desejas ser bom, começa por acreditar que és fraco". Pois no Benfica é ao contrário... Também se diz por aí que "se queres melhorar, passa a ideia geral que és tolo e estúpido". No Benfica somos mesmo fracos, tolos e estúpidos e queremos passar a ideia que somos muito bons. E isso enerva-me...

A semana passada falou-se de infantilidades. Foi mais uma expressão que Quique arranjou para descrever o descalabro made in Madeira. Hoje com o empate contra Trofense - com quem perdemos 5 pontos em 2 jogos - passámos para o nível de amadores. Perde-se o respeito todo por cada um dos adeptos e por cada um dos que ainda acredita que a inteligência e o bom-senso são características inerentes às nossas equipas. Se algum adepto pensa isso não pode estar mais longe da verdade.

No entanto o Benfica tem "verdadeiros amadores" que conhecem bem os conceitos de humildade, de profissionalismo e atitude. Agora chamam-lhes "modalidades" mas durante muito tempo foram apenas "As Amadoras". Também se chamou durante muitos anos de "ecletismo" - coisa que os nossos vizinhos de segunda circular têm a mania que sabem mais disso que nós. Essa é a atitude da nossa equipa profissional de futebol. Em vez de irem de mansinho e ganhar, vão de convencidos e perdem. O mesmo se passa com o ecletismo dos viscondes... Armam-se em grandes e nem pavilhão têm para serem "dignos amadores".

Pois bem, o Futsal, o Andebol, o Basquetebol, o Hóquei em Patins e as camadas jovens do Futebol ainda se consideram "Amadoras". E é exactamente aí que deve estar o nosso orgulho. Perder ou ganhar faz parte do desporto e no Benfica perdemos e ganhamos muitas vezes - apesar de tudo, ganhamos mais que perdemos no conjunto das amadoras com a "profissional". O que é diferente na derrota duma amadora encarnada quando comparada com a derrota ou empate da equipa "profissional de futebol" é que elas parecem estar trocadas. Os "Amadores" perdem e lutam até à exaustão numa atitude de mística que provavelmente nenhum dos profissionais do futebol encarnado sabem o que é. Esses profissionais do futebol encarnado vão de espertos e lutadores e parecem umas "primas donas" totalmente amadores, displicentes e enervantes.

É assim que eu os vejo e não devo ser o único. Hoje no estádio, não tinha nenhum dos meus colegas cativos ao meu lado esquerdo, ao meu lado direito, à minha frente ou atrás de mim. Desistiram todos e provaram que são mais inteligentes que eu. Há meia hora de jogo aparece um desses vizinhos que comenta que chegou atrasado porque ficou em casa a ver o jogo de Basket entre Porto e Benfica, que tinha dado vantagem ao Glorioso na luta pela passagem à meia final dos playoff do campeonato nacional. Eu também vi o jogo e apesar de também ver os mesmos roubos de igreja que se têm visto no futebol profissional, os amadores não usam esses roubos como desculpa e vão à luta porque sabem que se não lutarem eles próprios, ninguém lutará ou ganhará esses jogos por eles. Não serão os adeptos ou os directores de comunicação ou os administradores que irão resolver o problema maior deles e lutam com dignidade pela camisola que vestem. E perdem? Sim perdem. E ganham? Sim ganham. O voleibol já perdeu, o rugby já perdeu mas ainda estamos noutros tabuleiros para ganhar algo.

No futebol profissional estamos de cabeça perdida, estamos a dar um novo conceito á palavra amador e estamos a ser envergonhados na nossa própria casa . Dos últimos 4 jogos em casa, perdemos com Guimarães (8º da Liga), Académica (9º da Liga), ganhámos a Marítimo (7º da Liga) e empatámos com Trofense (14º da Liga). Andam todos cabisbaixos, de treinador a jogadores e para eles o conceito de "levantar a cabeça" é andar de cabeça levantada, que como todos sabemos não é a mesma coisa.

Eu considero o ecletismo algo maravilhoso no nosso clube e vibro com desportos que me são queridos com o Hóquei e Basket, quase da mesma maneira como vibro com futebol. Digo quase, porque na essência por mais que queira o futebol sente-se de maneira diferente. Por falar em futebol, estamos agora a entrar na fase final do campeonato de juniores e seria bom pensarmos que a grande maioria desses amadores poderia e deveria jogar na equipa dos profissionais dentro de pouco tempo. Só assim vamos conseguir ser dignos da nossa camisola de futebol profissional num futuro próximo.

Dissemos durante a época que esta nossa equipa de futebol profissional era muito fina para jogar nas Trofas, nas Matas Reais, em Matosinhos ou no Estádio dos Arcos em Vila do Conde. Agora tornaram-se tão finos, tão finos que nem no Estádio da Luz querem jogar. Ao contrário, os juniores vão jogar pela primeira vez no relvado do nosso Estádio esta tarde contra Vitória de Guimarães e diziam na Benfica TV que a ansiedade, o nervosismo e o orgulho de ali jogar é algo maior e motivo de enorme motivação. Este é o espírito meus caros profissionais da bola. Este é o espírito.


Se tivessem a humildade de aprender com os amadores, esta tarde viam os jogos dos juniores no estádio com Guimarães, depois viam os jogos de Andebol contra Sporting, de Basket contra o FCPorto e de Hóquei em Patins também contra o FCPorto. Era um bom menu de domingo à tarde. Mesmo que possamos perder todos estes jogos "Amadores" sei que a atitude em qualquer um destes jogos será 100% profissional. E se os jogadores do futebol profissional perdessem umas horas do seu maravilhoso e precioso tempo a ver os seus colegas amadores, talvez começassem a aprender o que é ter a Mística encarnada. Se calhar os profissionais pensam que ter Mística é ter a revista do clube no carro...

Como a maior parte deles ficará cá na próxima época, poderia ser que estes ensinamentos pudessem dar maior humildade e disciplina de cada vez que vestirem a camisola encarnada do Glorioso.


Força Benfica