Temos assistido em vários blogs, em vários fóruns, em vários comentários nas caixas de alguns media online e mesmo nos cafés, na rua ou no trabalho que a nação encarnada anda nervosa.
Eu tenho aqui escrito com um tom critico acerca da confusão que se tem gerado nos últimos dias, mas também penso que depois da tempestade virá a bonança. Só assim pode ser e será assim seguramente.
Primeiro, que fique claro que apoiarei inequivocamente qualquer treinador que comece a próxima época. Isso penso que é óbvio e como eu, qualquer Benfiquista. Sem a mínima dúvida. Segundo, penso que no meio de alguma incompetência e de algumas decisões com que não concordo, temos que aproveitar este tempo, para acreditar que nem tudo pode ser mau na gestão desportiva encarnada e acreditar que quem manda também deve ter algum plano, alguma linha estratégica, alguma ideia mais inteligente do que aquelas que nos foram sido transmitidas estes últimos dias.
Luís Filipe Vieira tem de ter calma e de não disparar contra todos aqueles que neste momento o criticam. Eu sou uma voz sempre critica mas ao mesmo tempo uma voz que apoia e que sabe entender algumas das frustrações do nosso presidente. Mas eu não sou nada mais que um simples e singelo blogger. Para ele, todo o bom trabalho que fez na SAD em todas as áreas - menos na desportiva - deveria ser suficiente para ter a tal passadeira vermelha que ele subconscientemente pensa que merece dos Benfiquistas. Tudo na vida só se alcança com trabalho e sei que os últimos 6 anos foram difíceis para ele e para quem o acompanhou na "credibilização da Instituição Benfica". Estamos todos de acordo e quem não concordar com isso é porque é muito limitado intelectualmente.
O grande desafio agora é desportivo, para que o monstro que ele ajudou a criar - especialmente ao nível de toda a campanha de sócios, das parcerias e das receitas extraordinárias - tenha agora eco nos tais títulos que nos têm faltado. A julgar pelos resultados da formação até ao momento, a palavra esperança faz algum sentido de utilizar neste texto.
Eu entendo que para um Homem prático e habituado a negócios mais tradicionais, o negócio do futebol com especificidades próprias lhe meta alguma espécie (usando uma expressão bem popular).
Esta história da rescisão com Quique pode ser um bom exemplo. Eu não tenho duvidas que a ser verdade que Luís Filipe Vieira não quer ter Quique na próxima época, também não deixa de ser verdade que não lhe queira pagar a clausula de rescisão. Ele lá pensará que para pagar 3,5 milhões de Euros, quase que mais vale ter cá o homem na próxima época, porque mesmo que se contrate Jesus, esses 3,5 milhões de Euros serão diluídos durante o ano. Claro que isto não passa de pura especulação e colocada em forma de hipérbole, para provar a ideia que prova que Luís Filipe Vieira quer que Quique anuncie o novo clube e que se vá embora pelo seu próprio pé. Se eu ontem dizia que não se pode esperar outra coisa de Quique que não seja pedir uma indemnização por ele considerar que deveriam ter falado com ele antes, também não deixa de ser verdade que Luís Filipe Vieira está no seu direito a não querer pagar nada.
E é exactamente aqui que reside a essência desta nossa paixão. O que uns acham bem outros acham mal e o que uns defendem hoje podem já não defender amanhã. Nesta premissa que acabo de defender, é triste admitir que o futuro de Quique no Benfica pode estar dependente de terceiros. Quique quer ir para Espanha com a mala cheia de notas - a que tem direito contratualmente - e Luís Filipe Vieira quer que Quique assuma que já tem outro clube e deseja que ele saia pelo seu próprio pé abdicando da indemnização a quem tem direito.
Eu entendo que se pudesse ser, o nosso presidente preferia ficar cá o ano todo com a equipa técnica de Quique e ao mesmo tempo contratar Jesus para ser o treinador nas próximas duas épocas. E acredito porque ele é assim. Neste jogo de empurra vamos estar todos nós, até a corda esticar dum dos lados. E isso é mau. Não decidirmos nós o nosso futuro e deixar que outros decidam por nós é a pior coisa que se pode passar na vida pessoal ou profissional. Neste momento é assim que eu penso que estamos - todos á espera que alguém decida o nosso futuro.
Como disse, acredito que alguém leia os contratos, pense bem nas estratégias e que ajude o nosso presidente a decidir o que tem de decidir. E por falar em decidir, hoje "A Bola" mostra esta foto que reproduzi acima dividida em dois esquadrões. E aqui volto ao conceito de "pai" e "filho" que apesar de ser provavelmente um mau exemplo é aquele que melhor define o que penso sobre estes nossos quatro membros do Clube/SAD.
Os dois "pais" responsáveis a tentar vender jogadores em Inglaterra - Luís Filipe Vieira e Domingos Soares Oliveira - e os dois "filhos" - Rui Costa mais o amigo Paulo Gonçalves - a tentarem comprar em Roma. Aceito que a comparação não é a mais feliz mas é que tenho utilizado para expressar o que penso que se passa no Benfica num passado recente. No entanto, gosto de os ver assim como nesta foto. Sorridentes, felizes e esperançados. Só esta atitude optimista já é um sinal claro que "A Bola" dá na tentativa de ajudar a levantar o moral dos adeptos.
Gosto de acreditar que com ou sem Quique, com ou sem reforços, com ou sem Jesus, a administração está unida. Até prova em contrário é assim que temos que a ver, mesmo que os sinais possam ser contrários a esta foto que coloco acima. Mas esses sinais que vamos ouvindo e lendo aqui e ali valem o que valem. Eu já ficaria contente em saber que os nervos à flor da pele dariam lugar a uma bonança calma e tranquila com um rumo definido e seguro. Muito contente... Vamos todos acreditar no fumo branco durante esta semana para se poder começar realmente a preparar com quem de direito as dispensas, as contratações e as vendas. Pelo sim pelo não, Domingos Soares Oliveira, Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Paulo Gonçalves já se estão a antecipar nestas importantes decisões.
Força Benfica