Há alguns meses quando se falou na questão do novo treinador para o Benfica, e quando se decidiu colocar Chalana nessa posição até final de época, dei por mim a pensar em quem seria o treinador ideal para levar o Glorioso a vários títulos nos próximos anos.
Já aqui falei que sempre vi com bons olhos a opção Carlos Queiroz e apesar de entender os seus projectos pessoais, também penso que nesta altura o Benfica tem condições para apresentar um bom projecto desportivo e financeiro a este treinador nacional.
Colocado de lado esta hipótese (por desinteresse da nossa direcção ou por desinteresse do Carlos Queiroz?) pensei no tal "perfil" que era necessário para o Glorioso. Quando se utiliza a palavra perfil no futebol nacional é basicamente encontrar adjectivos que caracterizem a escolha que o presidente ou "elementos das várias SAD´s" já efectuaram, mas no meu caso (não se esqueçam que O Benfica Sou Eu) o perfil tem ainda importância. O perfil que eu tinha definido assenta nalgumas ideias que passo a citar:
- Jovem (na medida em que jovem na carreira de treinador pode significar alguém entre 40 e 50 anos)
- Ambicioso
- Bom estratega futebolístico
- Disciplinador
- Alguém habituado a trabalhar com orçamento modesto, sem grandes estrelas, mas com bons jogadores
- Alguém com vontade de assinar 3 ou 4 anos e com vontade séria de os cumprir
- Alguém respeitado nacional e internacionalmente
- Bom comunicador para dentro e fora do balneário
- Alguém com personalidade e com carácter sério, pouco armado em grandezas megalómanas
- Alguém que percebe a real dimensão do Benfica e não a dimensão que neste momento passamos para dentro e fora do país
- Alguém que conheça o valor da nossa equipa actual, em que áreas se pode reforçar e como se pode reforçar sem cometer loucuras
- Alguém que conheça bem o futebol nacional, tendo em conta que o objectivo principal será a conquista do campeonato
- Alguém que possa funcionar em termos de "feitio" com o "feitio" de Rui Costa, tendo em conta que diariamente trabalharão juntos
- Alguém que possa falar português, espanhol e inglês (sem que isto seja uma prioridade)
- Alguém que possa apostar na juventude, sem medos
- Alguém que possa conquistar o terceiro anel em menos de um mês, pela atitude, pelo discurso e pelo respeito que pode impor.
Há obviamente mais uma série de factores importantes nesta contratação mas estes serão os que fazem mais sentido. Percebe-se facilmente que nenhum treinador corresponde a todos estes traços de perfil - talvez José Mourinho correspondesse, mas isso é outro campeonato - tendo que se definir prioridades dentro deste perfil.
E aqui existem uma série de condicionantes. Primeiro encontrar nomes que preencham estes requisitos ou alguns deste requisitos. Depois quando se faz esta short-list (adoro os nomes que a imprensa inventa) tem que se entender se o treinador está livre ou muito focado num clube/projecto desportivo que não lhe interessa sair.
Quando se começa a pensar no tal nome que pode preencher alguns destes traços de perfil e tendo em conta que tínhamos acabado de perder o jogo em casa com o Getafe, o primeiro nome que me aparece está ali diante de todos nós - Michael Laudrup.
É verdade que não cumpre todos os itens que referi antes (nomeadamente o conhecimento aprofundado do futebol nacional tão importante para sermos campeões) mas cumpre a maioria deles. E será que trocaria o Getafe pelo Benfica? Obviamente que sim, desde que lhe seja apresentado um vencimento interessante e o tal projecto desportivo que lhe garanta bons resultados.
E o nome de Laudrup é o único a corresponder a este perfil? Claro que não. O nome Quique Flores corresponde mais ou menos a este perfil (não conhecerá tão bem a equipa do Benfica como Laudrup, que a defrontou e venceu duas vezes, mas fruto da sua pausa forçada pelo despedimento prematuro do Valência teve tempo suficiente para se informar sobre várias equipas europeias, onde se pode incluir o Benfica) e não espantaria ninguém que o coloquem como opção válida e muito boa para este novo ciclo que agora se inicia.
O nome de Michael Laudrup é uma das novas esperanças duma geração de novos treinadores e provavelmente terá ambições elevadas para assinar um contrato de 4 anos com o Benfica. No entanto, o Benfica enquanto clube tinha que lhe garantir esta estabilidade, dizendo-lhe que a confiança era total no seu trabalho e nos 4 anos que se seguem. Se o trabalho no Benfica for excelente a nível nacional e bom a nível internacional (claro que excelente a nível internacional seria chegar a uma final europeia) provavelmente despertará o interesse dos Grandes desta Europa. Mas nesse caso, como o Chelsea fez com o José Mourinho, podem contratar-nos o treinador e ele embarcará noutro projecto. Nesta altura, digo - que todos os nossos males fossem esses daqui a 3 anos.
No entanto, uma coisa me entristece no meio de tudo isto. Volto a tocar na tecla da expectativa. Se todos sabemos que o Rui Costa está no pavilhão da luz na quinta feira à noite com família a assistir ao jogo de andebol que nos dá o título, porque temos todos de saber que se dirigiu a Madrid na manhã seguinte? Porque foi de avião, a imprensa também está nos aeroportos e é fácil que se entenda em que porta embarca, para que destino se dirige. Sim, é verdade. Mas pode ir de carro. Temos condutores que o colocam do Seixal ao centro de Madrid em 4h30m e bem sabemos que com telefone e internet portátil está contactável nesses momentos. Pode regressar de avião, obviamente. Pode não, deve. Mas o bom senso neste momento exige que se façam alguns sacrifícios em nome da "gestão de expectativas" e da relação com a imprensa, até porque se falhar qualquer uma das contratações de Quique Flores ou Laudrup (penso sinceramente que uma não falhará, sob pena de ver o Peseiro como nosso treinador) não comece com um super flop.
E porque penso que não vão falhar? Porque Rui Costa não quer começar o seu legado como director desportivo na mão dos "elementos da SAD" que ontem lhe sugeriam o nome de José Peseiro. Porque mesmo que este nome possa corresponder a alguns dos traços de perfis acima indicados (e nalguns casos admitamos, mais que qualquer um dos nomes estrangeiros em cima da mesa) não é o nome certo, para este importante cargo, nesta altura. Seria um voltar atrás, seria um retrocesso que Rui Costa não vai permitir e seria admitir à administração, à SAD e a todos os Benfiquistas que começa o seu trabalho sem resistir a pressões.
O José Peseiro já provou que é um bom treinador. Não é isso que está em causa. O que está em causa é saber se esse é o nome que Rui Costa quer, ou se é o nome que a SAD queria mesmo antes de Rui Costa ser nomeado director desportivo. Porque se assim for, por que se está a perder tempo com outros nomes? Presumo porque Rui Costa os prefere...
Neste sentido, e apesar de eu não gostar de nenhum dos nomes italianos que têm vindo a público como próximos de Rui Costa, preferia que escolhesse um desses nomes. Nem vou citar nenhum porque me parecem todos maus demais para serem verdade, mas no entanto preferia porque é uma escolha pessoal de Rui Costa. Nesta altura é muito importante que Rui Costa se assuma como a grande referência e o nome que todos vamos aplaudir ou criticar se as coisas não correrem bem. Como o fazíamos com José Veiga e como o faremos com o próximo director desportivo.
Para terminar e fazendo justiça ao título, obviamente que já se pode dizer Laudrup em voz alta porque já rescindiu com o Getafe (ao contrário de Eriksson na semana passada quando se deslocaram a Manchester Rui Costa e Luís Filipe Vieira) e porque já tem o seu nome em todos os jornais.
Espero que este seja o escolhido, por preferência pessoal, mas também aceito o nome de Quique Flores (apesar de achar mais difícil a sua contratação) ou qualquer outro que afinal me venha confirmar que todo este circo mediático montado pela imprensa não passava de algumas invenções e que Rui Costa estava seguro do nome e de como o conseguir sem que ninguém nunca o referisse nos media. Uma surpresa. Uma boa surpresa. Isso sim, deixava-me contente porque provava que afinal o estilo do FCPorto nem sempre tem tudo de errado. Primeiro contrata-se ou vende-se e depois comunica-se à imprensa, à CMVM e a todos os Benfiquistas.
Força Benfica
Já aqui falei que sempre vi com bons olhos a opção Carlos Queiroz e apesar de entender os seus projectos pessoais, também penso que nesta altura o Benfica tem condições para apresentar um bom projecto desportivo e financeiro a este treinador nacional.
Colocado de lado esta hipótese (por desinteresse da nossa direcção ou por desinteresse do Carlos Queiroz?) pensei no tal "perfil" que era necessário para o Glorioso. Quando se utiliza a palavra perfil no futebol nacional é basicamente encontrar adjectivos que caracterizem a escolha que o presidente ou "elementos das várias SAD´s" já efectuaram, mas no meu caso (não se esqueçam que O Benfica Sou Eu) o perfil tem ainda importância. O perfil que eu tinha definido assenta nalgumas ideias que passo a citar:
- Jovem (na medida em que jovem na carreira de treinador pode significar alguém entre 40 e 50 anos)
- Ambicioso
- Bom estratega futebolístico
- Disciplinador
- Alguém habituado a trabalhar com orçamento modesto, sem grandes estrelas, mas com bons jogadores
- Alguém com vontade de assinar 3 ou 4 anos e com vontade séria de os cumprir
- Alguém respeitado nacional e internacionalmente
- Bom comunicador para dentro e fora do balneário
- Alguém com personalidade e com carácter sério, pouco armado em grandezas megalómanas
- Alguém que percebe a real dimensão do Benfica e não a dimensão que neste momento passamos para dentro e fora do país
- Alguém que conheça o valor da nossa equipa actual, em que áreas se pode reforçar e como se pode reforçar sem cometer loucuras
- Alguém que conheça bem o futebol nacional, tendo em conta que o objectivo principal será a conquista do campeonato
- Alguém que possa funcionar em termos de "feitio" com o "feitio" de Rui Costa, tendo em conta que diariamente trabalharão juntos
- Alguém que possa falar português, espanhol e inglês (sem que isto seja uma prioridade)
- Alguém que possa apostar na juventude, sem medos
- Alguém que possa conquistar o terceiro anel em menos de um mês, pela atitude, pelo discurso e pelo respeito que pode impor.
Há obviamente mais uma série de factores importantes nesta contratação mas estes serão os que fazem mais sentido. Percebe-se facilmente que nenhum treinador corresponde a todos estes traços de perfil - talvez José Mourinho correspondesse, mas isso é outro campeonato - tendo que se definir prioridades dentro deste perfil.
E aqui existem uma série de condicionantes. Primeiro encontrar nomes que preencham estes requisitos ou alguns deste requisitos. Depois quando se faz esta short-list (adoro os nomes que a imprensa inventa) tem que se entender se o treinador está livre ou muito focado num clube/projecto desportivo que não lhe interessa sair.
Quando se começa a pensar no tal nome que pode preencher alguns destes traços de perfil e tendo em conta que tínhamos acabado de perder o jogo em casa com o Getafe, o primeiro nome que me aparece está ali diante de todos nós - Michael Laudrup.
É verdade que não cumpre todos os itens que referi antes (nomeadamente o conhecimento aprofundado do futebol nacional tão importante para sermos campeões) mas cumpre a maioria deles. E será que trocaria o Getafe pelo Benfica? Obviamente que sim, desde que lhe seja apresentado um vencimento interessante e o tal projecto desportivo que lhe garanta bons resultados.
E o nome de Laudrup é o único a corresponder a este perfil? Claro que não. O nome Quique Flores corresponde mais ou menos a este perfil (não conhecerá tão bem a equipa do Benfica como Laudrup, que a defrontou e venceu duas vezes, mas fruto da sua pausa forçada pelo despedimento prematuro do Valência teve tempo suficiente para se informar sobre várias equipas europeias, onde se pode incluir o Benfica) e não espantaria ninguém que o coloquem como opção válida e muito boa para este novo ciclo que agora se inicia.
O nome de Michael Laudrup é uma das novas esperanças duma geração de novos treinadores e provavelmente terá ambições elevadas para assinar um contrato de 4 anos com o Benfica. No entanto, o Benfica enquanto clube tinha que lhe garantir esta estabilidade, dizendo-lhe que a confiança era total no seu trabalho e nos 4 anos que se seguem. Se o trabalho no Benfica for excelente a nível nacional e bom a nível internacional (claro que excelente a nível internacional seria chegar a uma final europeia) provavelmente despertará o interesse dos Grandes desta Europa. Mas nesse caso, como o Chelsea fez com o José Mourinho, podem contratar-nos o treinador e ele embarcará noutro projecto. Nesta altura, digo - que todos os nossos males fossem esses daqui a 3 anos.
No entanto, uma coisa me entristece no meio de tudo isto. Volto a tocar na tecla da expectativa. Se todos sabemos que o Rui Costa está no pavilhão da luz na quinta feira à noite com família a assistir ao jogo de andebol que nos dá o título, porque temos todos de saber que se dirigiu a Madrid na manhã seguinte? Porque foi de avião, a imprensa também está nos aeroportos e é fácil que se entenda em que porta embarca, para que destino se dirige. Sim, é verdade. Mas pode ir de carro. Temos condutores que o colocam do Seixal ao centro de Madrid em 4h30m e bem sabemos que com telefone e internet portátil está contactável nesses momentos. Pode regressar de avião, obviamente. Pode não, deve. Mas o bom senso neste momento exige que se façam alguns sacrifícios em nome da "gestão de expectativas" e da relação com a imprensa, até porque se falhar qualquer uma das contratações de Quique Flores ou Laudrup (penso sinceramente que uma não falhará, sob pena de ver o Peseiro como nosso treinador) não comece com um super flop.
E porque penso que não vão falhar? Porque Rui Costa não quer começar o seu legado como director desportivo na mão dos "elementos da SAD" que ontem lhe sugeriam o nome de José Peseiro. Porque mesmo que este nome possa corresponder a alguns dos traços de perfis acima indicados (e nalguns casos admitamos, mais que qualquer um dos nomes estrangeiros em cima da mesa) não é o nome certo, para este importante cargo, nesta altura. Seria um voltar atrás, seria um retrocesso que Rui Costa não vai permitir e seria admitir à administração, à SAD e a todos os Benfiquistas que começa o seu trabalho sem resistir a pressões.
O José Peseiro já provou que é um bom treinador. Não é isso que está em causa. O que está em causa é saber se esse é o nome que Rui Costa quer, ou se é o nome que a SAD queria mesmo antes de Rui Costa ser nomeado director desportivo. Porque se assim for, por que se está a perder tempo com outros nomes? Presumo porque Rui Costa os prefere...
Neste sentido, e apesar de eu não gostar de nenhum dos nomes italianos que têm vindo a público como próximos de Rui Costa, preferia que escolhesse um desses nomes. Nem vou citar nenhum porque me parecem todos maus demais para serem verdade, mas no entanto preferia porque é uma escolha pessoal de Rui Costa. Nesta altura é muito importante que Rui Costa se assuma como a grande referência e o nome que todos vamos aplaudir ou criticar se as coisas não correrem bem. Como o fazíamos com José Veiga e como o faremos com o próximo director desportivo.
Para terminar e fazendo justiça ao título, obviamente que já se pode dizer Laudrup em voz alta porque já rescindiu com o Getafe (ao contrário de Eriksson na semana passada quando se deslocaram a Manchester Rui Costa e Luís Filipe Vieira) e porque já tem o seu nome em todos os jornais.
Espero que este seja o escolhido, por preferência pessoal, mas também aceito o nome de Quique Flores (apesar de achar mais difícil a sua contratação) ou qualquer outro que afinal me venha confirmar que todo este circo mediático montado pela imprensa não passava de algumas invenções e que Rui Costa estava seguro do nome e de como o conseguir sem que ninguém nunca o referisse nos media. Uma surpresa. Uma boa surpresa. Isso sim, deixava-me contente porque provava que afinal o estilo do FCPorto nem sempre tem tudo de errado. Primeiro contrata-se ou vende-se e depois comunica-se à imprensa, à CMVM e a todos os Benfiquistas.
Força Benfica
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